INVESTIGAÇÃO

Ex-gerente de agência bancária em MG confirma que recebia parcela em golpes

Fraudes financeiras já geraram prejuízos de R$ 20 milhões. Quinze pessoas foram presas durante operação nesta quinta-feira (22/5)

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Um dos ex-gerentes de uma agência bancária preso durante operação que investiga um esquema de fraudes confessou que recebia 10% do valor de empréstimos feitos. Os crimes foram cometidos em unidades de três instituições financeiras na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Até o momento, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) estima que o prejuízo seja de R$ 20 milhões. 

Os detalhes do esquema foram esclarecidos após a prisão de 15 suspeitos na manhã desta quinta-feira (22/5) durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva. As ordens judiciais foram expedidas para endereços em: BH; Ribeirão das Neves, Betim e Sabará, na Região Metropolitana; São Sebastião do Paraíso, no Sul de Minas; e Montes Claros, na Região Norte de Minas Gerais. 

As investigações revelam um sofisticado esquema fraudulento envolvendo o conluio de gerentes de agências bancárias, com atuação voltada à obtenção de empréstimos e movimentações ilícitas em nome de terceiros. "A organização criminosa é especializada em fraudes bancárias e abertura de contas fraudulentas, com empréstimos em nomes de terceiros, vitimando não só a pessoa que teve a conta aberta, como a instituição financeira para quem os agentes trabalhavam", explicou o delegado Rafael Gomes, da Delegacia Especializada em Investigação de Fraudes, de São Sebastião do Paraíso

Entre as pessoas detidas estão: quatro gerentes das instituições financeiras lesadas e dois ex-funcionários. Apesar de a investigações prosseguirem, os suspeitos foram indiciados por organização criminosa, lavagem de capitais, estelionato por fraude eletrônica, falsificação de documento público e uso de documento falso. 

“Algumas delas confessaram o envolvimento, e um dos gerentes confirmou que fez 40 abertura de contas desse perfil, com empréstimos dessa magnitude. Então, acreditamos que o montante desviado pode ser muito maior. É importante salientar que todo o material será analisado com calma e sem atropelo. E acredito que teremos outras fases em breve”, afirmou Marcos Pimenta, chefe do 18º Departamento da PCMG. 

O esquema

As investigações começaram em setembro de 2024. Na época, um morador de São Sebastião do Paraíso procurou a corporação para denunciar que usaram seus dados para abrir uma conta bancária. A vítima afirmou que teve o nome negativado e, por isso, descobriu o esquema.

Além disso, ela estava sendo processada pela Justiça do Trabalho. A vítima teve um empréstimo de R$ 100 mil aberto em seu nome. 

Conforme o delegado Rafael Gomes, a partir da denúncia as investigações apontaram que o suspeito era natural de Belo Horizonte e estava se ando pela vítima há mais de cinco anos. Ele apresentava uma carteira de identidade e uma Carteira Nacional de Habilitação (CNH) com os dados do prejudicado. Apenas a foto e a eram suas. 

Após a prisão, as apurações apontaram que o homem era coordenador da organização criminosa. Além dele, outras 17 pessoas participam do esquema. Ainda segundo Gomes, o homem intermediava o contato entre os responsáveis pelas falsificações de documentos e os gerentes das instituições financeiras.

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Os funcionários, sabendo do esquema, apontavam cadastros de pessoas físicas e jurídicas que tinham boas pontuações e, como consequência, conseguiriam empréstimos de valores altos. Em seguida, os dados eram encaminhados para os falsificadores e as contas criadas. “Assim, eles efetuaram empréstimos em quantias voluptuosas. Chegamos a identificar uma conta bancária em que foi feito um empréstimo de R$ 500 mil, sem que essa pessoa soubesse”, afirmou o delegado Rafael.

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