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MG: motorista que atropelou mãe e filho responderá por homicídio doloso

Segundo as investigações, o autor era inabilitado e teria ingerido remédio para dormir. Ele está preso preventivamente

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A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) anunciou o fim das investigações sobre o atropelamento em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, que provocou a morte de Lucilene Rodrigues Carneiro Neves, de 40 anos, e seu o filho, Luan Henrique, de 9. O fato ocorreu no domingo de Dia das Mães deste ano (11/5). O motorista foi indiciado por homicídio doloso.

Segundo as investigações, o autor, de 54 anos, saiu de casa e percorreu um trajeto de aproximadamente 800 metros. Ele afirmou aos policiais que, depois de ingerir um medicamento para dormir e estar cansado após o trabalho, acabou adormecendo no veículo. 

O delegado Fábio Lucas, responsável pelas investigações, afirma que o inquérito apontou diversas irregularidades no caso, que influenciaram na decisão de indiciar o autor por homicídio doloso, entre elas estão o fato de o motorista ser inabilitado, ter ultraado o limite de velocidade da via e assumido o risco da direção, mesmo estando cansado. 

Imprudência e falta de CNH 

Ainda de acordo com o inquérito, foi constatado que a velocidade estimada do veículo na hora do acidente era de 97km/h, em uma via com o limite de velocidade de 40km/h. A perícia também informou que o veículo utilizado, um Fiat Uno do ano de 1995, é um carro manual e, para alcançar alta velocidade, precisaria estar em uma quarta ou quinta marcha, ou então desengrenado. 

“A velocidade que ele estava realmente era compatível com tais marchas, o que já demonstra um descuido muito vultoso na condução do veículo. Além disso, ele é inabilitado. É exatamente uma diferença que existe entre o dolo eventual e a culpa consciente é o não desejar o resultado, acreditando que esse resultado não ocorreria”, explica o delegado. 

Fábio Lucas ainda afirma que a falta de habilitação para dirigir demonstra, inclusive, a incapacidade do autor de evitar o ocorrido, visto que, os motoristas devem aprender as práticas de direção defensiva. “Se ele de fato adormeceu no veículo, ainda estamos aguardando o laudo pericial que vai demonstrar isso com maior precisão. A tendência era que ele permaneceria reto e bateria antes de ocasionar o atropelamento”, ressalta. 

Perícia ainda será concluída 

O investigado, quando foi abordado pelos policiais, afirmou que molhou o dedo em um copo de uísque e colocou na boca, mas o exame do bafômetro deu negativo. O delegado explica que o autor se dispôs a disponibilizar o material genético para a realização da perícia, que ainda não está pronta. 

“Essa perícia, além do álcool, também consegue constatar se de fato o medicamento que ele aduziu ter ingerido na noite anterior, ele disse ter sido Gardenal para dormir, também seria mensurado através do laudo pericial. O laudo ainda não está pronto, estamos aguardando a sua confecção”, conta o delegado da Polícia Civil. 

A corporação ainda explica que, caso a perícia confirme o uso de bebida alcoólica e o medicamento, tais fatores seriam apenas um reforço para indiciar o autor em homicídio doloso. “Há elementos suficientes que indicam essa atuação em que ele, de certo modo, desejava o resultado. Não mudaria a posição, até porque antes mesmo desses resultados já chegamos a essa conclusão”, explica. 

  

O autor foi preso em flagrante e, posteriormente, a prisão foi convertida para preventiva.

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Relembre o caso

Luciene Rodrigues Carneiro Neves, de 40 anos, e seu filho, Luan Henrique, de 9, foram atropelados no cruzamento da Rua Silva Jardim, em Santa Luzia. O Samu foi acionado para socorrer a mãe e o filho, mas as mortes foram confirmadas ainda no local. O enterro dos dois ocorreu no dia seguinte após o atropelamento. Um militar que atendeu o caso afirmou a imprensa local que os dois morreram abraçados.  

*Estagiária sob supervisão da subeditora Celina Aquino 

 

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