Oscar 2025: confira as cenas de dança dos candidatos a Melhor Filme
Favoritos à estatueta de Melhor Filme, incluindo "Ainda estou aqui", trazem performances dançantes em cenas de tirar o fôlego dos espectadores
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Siga noDos 10 longas indicados ao Oscar de Melhor Filme, apenas “Wicked”, que nasceu do espetáculo homônimo da Broadway, é um musical stricto sensu. “Emilia Pérez” é também um musical, ainda que fora das convenções do gênero. Além deles, outros três títulos da disputa, em 2 de março, trazem marcantes sequências em que a dança está em primeiro plano.
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Mikey Madison, a intérprete da personagem-título de “Anora”, filme que chega à reta final do Oscar como favorito ao prêmio principal, vive uma stripper de uma boate de Nova York que tem um relacionamento relâmpago com o filho mimado de um magnata russo. A atriz ou meses treinando para uma sequência de menos de um minuto em que ela se apresenta no pole dance. As cenas do clube foram filmadas em boates reais – e muitas das dançarinas que estão em segundo plano são strippers.
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Outra sequência em que a dança é como um personagem apresenta um dos momentos felizes de “Ainda estou aqui”. Toda a família Paiva está reunida na sala e, numa festa com os amigos, ao som de Juca Chaves (“Take me back to Piauí”), pais e filhos se esbaldam na pista. A dança não foi improvisada. Foi criada pela artista Dani Lima.
“It’s so nice to have a man around the house” é a música que embala a – primeira (e melhor) – cena de dança de “O brutalista”. No caso, Audrey (Emma Laird) tem dois homens em torno dela, na sala de sua casa – o marido Attila (Alessandro Nivola) e o primo dele, László Tóth (Adrien Brody), o arquiteto brutalista do título, que o casal hospeda.
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Audrey usa vestido e batom vermelhos. Estamos nos anos 1950, nos Estados Unidos. Ela dança sozinha e com o marido, que insiste para o primo tirar a mulher para dançar sua música favorita. Há descontração, risadas, afeto e também tensão sexual. E o que parecia ser uma relação promissora terminará em seu contrário, como quase tudo em “O brutalista”, que chega amanhã (20/2) aos cinemas.
Não há como falar em dança sem mencionar o encontro na pista entre Ariana Grande e Cynthia Erivo, ou melhor, entre Glinda e Elphaba. É a cena da festa, ambientada no Ozdust Ballroom, que mostra uma virada na amizade entre as duas bruxas. Diretora de Fotografia do “Wicked”, Alice Brooks considera este o “coração do filme”.
Dueto entre lágrimas
Alvo de ridículo, Elphaba se sente solitária no local, mesmo ele estando apinhado de gente. No meio da pista, ela apresenta seus os que fogem do padrão, para dizer o mínimo. Ao se reunir a ela, imitando os os, Glinda faz com que a bruxa verde se sinta acolhida. Elphaba realiza o dueto entre lágrimas. A sequência é longa, toma quase 10 minutos do filme, e foi rodada durante um dia inteiro. A cada nova tomada, a sequência era encenada na íntegra.
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Muito antes da polêmica em torno de Karla Sofía Gascón, “Emilia Pérez” havia dividido a audiência nas sequências musicais. Há aqueles que consideram sofríveis e estranhos os números, há também muita gente que vê justamente na diferença os pontos positivos do longa de Jacques Audiard.
Das 13 indicações do filme francês ao Oscar, duas são para Melhor Canção: “Mi camino” e “El mal”, de Camille e Clément Ducol. Até este momento, “El mal” é favorita à estatueta – já levou o Globo de Ouro e o Critics Choice. A canção, aliada à performance furiosa de Zoe Saldaña, é uma condenação de políticos corruptos e de outros figurões mexicanos, expostos em toda a sua hipocrisia em um dos momentos mais cinéticos do filme.