
"Você tem que falar em números. No Parlamento, foi aprovado regime de urgência desse projeto, se eu não me engano, com 300 e poucos votos. É um sinalizador de que, se eu vetar aqui, como já falei que vetaria, o veto seria derrubado lá. Mas é uma briga interna muita grande por parte do Parlamento", apontou durante entrevista à Rádio Viva FM de Vitória (ES).
Bolsonaro relatou que parlamentares já articulam uma eventual derrubada do veto presidencial e destacou que os jogos de azar não são bem-vindos no Brasil.
"Já fui sondado por parte de algumas lideranças sobre como me comportaria se aprovado o projeto. Eu falei que vetaria. Eles se preparam, obviamente, depende da força de cada um dentro do Parlamento, que é um poder independente, para aprovar o projeto. Eles, ao que me consta, têm a convicção de que, após o veto, têm poder para derrubar o veto. A minha posição como chefe do Executivo é de que os jogos de azar não são bem-vindos no Brasil", completou.
"Mas é uma porteira que abre, porque a gente não sabe o que pode ar depois dela aberta. Nossa posição é apenas uma, tranquilamente. É veto ao projeto", concluiu.
Bancada evangélica 4u763
No dia 14 de dezembro, a bancada evangélica se disse "terrivelmente contra" o PL e conseguiu adiar a análise do pedido de urgência apresentado na Câmara.
Lideranças religiosas foram à tribuna da Casa para criticar a matéria, que prevê a regulamentação de práticas como bingos, cassinos, caça-níqueis e jogo do bicho no país. O requerimento para que a matéria fosse analisada com celeridade pelo plenário da Câmara chegou a entrar na pauta da sessão de segunda-feira, mas foi retirado da ordem do dia pelo vice-presidente da Casa, Marcelo Ramos (PL-AM).
O deputado tomou a decisão após a bancada evangélica orientar seus membros a não registrarem presença no plenário, caso a análise do pedido fosse mantida, o que prejudicaria o quórum da sessão.