Por que os EUA proíbem corante vermelho em alimentos e remédios

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A FDA (Food and Drug istration), agência regulatória dos Estados Unidos), baniu o uso da eritrosina, conhecida como corante vermelho nº 3, no país. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (15).

A substância é componente comum de alimentos industrializados de cor avermelhada, como balas, bebidas adoçadas, biscoitos e doces, e em medicamentos como o ibuprofeno, para o qual serve como cobertura. A proibição ocorre mais de 30 anos depois da publicação de estudos que ligam o consumo da substância ao desenvolvimento de câncer em animais como ratos machos.

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Faltam dados, porém, sobre os efeitos em humanos. O comunicado da FDA diz que a exposição a humanos costuma ser menor do que aquela à qual os ratos foram submetidos. Estudos em outros animais e em humanos não mostraram os mesmos efeitos.

A proibição ocorre em resposta a uma petição enviada ao órgão em 2022 pela sociedade civil na qual os estudos sobre câncer eram citados. Ela vem na esteira de uma proibição estadual instaurada na Califórnia em outubro de 2023.

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Segundo a FDA, as empresas alimentícias têm até janeiro de 2027 para reformular seus produtos sem o corante. As farmacêuticas que usam o produto têm até janeiro de 2028 para fazer o mesmo.

Brasil e outros países

O corante já é proibido na União Europeia, na Austrália e na Nova Zelândia. A União Europeia também baniu o uso alimentício do dióxido de titânio, uma substância usada para adicionar coloração branca a alimentos e cosméticos.

No Brasil, o dióxido de titânio e o corante vermelho nº 3 continuam permitidos pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), assim como o corante vermelho nº 40, que é visto como uma alternativa mais saudável em relação à eritrosina.

A reportagem procurou algumas empresas alimentícias para comentar a mudança, como Nestlé, Flormel -fabricante do pirulito em formato de coração Flopito -, Unilever e Arcor.

As duas primeiras não responderam até a publicação deste texto. A Unilever disse que não comentaria a mudança nos EUA e os impactos na indústria brasileira.

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A Arcor, fabricante da bala 7Belo, afirma que não usa eritrosina em nenhum de seus produtos. O corante utilizado na linha de balas da marca 7Belo é o corante artificial vermelho 40 (INS 129).

Também procurada, a Anvisa não respondeu até a publicação da reportagem.

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