DISPUTA INTERNA

Leninha lança candidatura à presidência do PT de Minas

Deputada estadual é apoiada pela tesoureira nacional do partido, Gleide Andrade, e lideranças petistas

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A deputada Leninha oficializou na manhã desta terça-feira (13/5) sua candidatura à presidência do diretório estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) de Minas Gerais. O anúncio foi feito em coletiva de imprensa, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), ao lado de petistas mineiros, como dos deputados federais Rogério Correia e Patrus Ananias, além dos deputados estaduais Beatriz Cerqueira e Leleco Pimentel.

 

Durante a coletiva, a deputada destacou que sua candidatura é fruto da “busca da ampla unidade”, especialmente em um momento que considera decisivo para o futuro da legenda. “Queremos reposicionar Minas Gerais e o PT com a força que têm, frente ao cenário nacional e internacional”, afirmou.

Segundo Leninha, o desafio é reorganizar o partido para os embates de 2026, “derrotar o fascismo e a direita conservadora” e, ao mesmo tempo, abrir pontes de diálogo com setores moderados da política.

Ela também destacou como um desafio para o próximo ano a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e a necessidade de buscar ampliação das bancadas estaduais e federais.

Leninha defende um partido mais conectado às prefeituras, coletivos, movimentos sociais e associações, ressaltando a importância de promover uma escuta às bases.

“Nós queremos fazer um processo de escuta muito qualificado, um processo de mudança e transformação. Queremos um PT mais forte, mais perto. E esse PT mais perto significa que a gente precisa percorrer o estado de Minas Gerais, porque a vida acontece nas cidades e nós precisamos ter PTs fortes nos municípios”, disse.

Atual vice-presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Leninha entra na disputa pelo comando petista com o apoio de um dos principais nomes da legenda, Gleide Andrade, tesoureira nacional do PT.

Sua candidatura surge como principal adversária da Dandara Tonantzin, deputada federal que lançou sua pré-candidatura nessa segunda-feira (12/5), com apoio do atual presidente estadual, Cristiano Silveira. Silveira chegou a anunciar a pré-candidatura à reeleição, mas desistiu da empreitada em prol do apoio a Dandara.

Mulheres negras

Questionada sobre a candidatura de Dandara, Leninha destacou a importância do protagonismo de duas mulheres negras na disputa. A deputada afirmou que não vê as candidaturas como opostas, mas sim como expressão da luta política e do avanço das mulheres negras na política partidária.

“Isso é muito importante para a história do partido em Minas Gerais, para a história da política em Minas Gerais. Nós (mulheres negras) que ficamos na senzala por muitos anos, agora estamos assumindo a casa grande num cargo de relevância. Ter também a candidatura da Dandara é fruto do resultado da luta do movimento negro, das mulheres negras, mas também de todos aqueles e aquelas que apostam que nós temos capacidade, competência também para fazer gestão de partido”, disse.

Apesar disso, Leninha afirmou que sua candidatura conta com o apoio da maioria das forças internas, e ressaltou que está aberta ao diálogo até o dia das eleições. “A maioria das forças estão somando nessa unidade comigo. A Dandara conseguiu uma outra força que até então não vem para a unidade conosco. E é legítimo, a democracia é isso”, pontuou.

A expectativa, segundo Leninha, é de que outros deputados estaduais, federais, prefeitos e vereadores se juntem à candidatura nos próximos dias. O clima, disse, é de “construção coletiva e compartilhada”, movida por esperança. “Os desafios não são poucos, mas temos confiança de que podemos repetir a vitória de Lula em Minas”.

Além de Leninha e Dandara, concorrem à presidência estadual do PT o deputado estadual Ricardo Campos; Juanito Vieira, liderança do partido em Juiz de Fora (MG), na Zona da Mata, além do advogado trabalhista Esdras Queiroz. A eleição está marcada para o dia 6 de julho, mesmo dia em que ocorrerá a disputa pelo comando nacional do partido. O mandato do diretório estadual tem duração de quatro anos.

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"Candidatura coletiva"

Na coletiva, Leninha também destacou agradeceu ao deputado Leleco pela desistência de sua candidatura à presidência do diretório da em nome da unidade. Leleco destacou que a parlamentar foi escolhida para disputar o cargo a partir da diversidade de pensamentos e tendências que compõem o campo político do PT. O deputado também apontou o afastamento do PT estadual com o diretório nacional.

“Leninha não é candidata de si mesma. Ela foi sendo conduzida de tal forma que não teve como dizer não (...). Nós estamos indicando alguém que tem proximidade com o presidente Lula, isso já vai fazer uma grande diferença no PT de Minas Gerais, porque o que nós sentimos foi um afastamento”, afirmou.

Também apoiando a candidatura de Leninha, o deputado federal Patrus Ananias defendeu que o PT em Minas retome uma postura mais firme, com maior presença no estado e interlocução com o povo trabalhador e a juventude. “O governo Lula é um governo para a história, mas enfrenta uma dura situação no Congresso Nacional”, disse.

Beatriz Cerqueira destacou a “capacidade de diálogo e de construções coletivas” como o principal fator para apoiar a candidatura de Leninha.  “O cenário que enfrentamos na política mineira exige boas lideranças, com capacidade de unidade para os enfrentamentos necessários”, afirmou a deputada, ressaltando que o apoio à candidatura surgiu de muitas articulações e conversas.

“Seria muito confortável para Leninha dentro do seu grupo interno, que é um grupo importantíssimo, majoritário nacionalmente, já se lançar como candidata, mas ela teve esse cuidado de buscar fora da sua folha, e eu acho que isso é fundamental”, pontuou.

O deputado federal Rogério Correia também ressaltou a importância que a candidatura de Leninha, e uma eventual vitória, representa para o próximo ano, principalmente no apoio à candidatura à reeleição do presidente Lula. Em tom bem-humorado, brincou. “Quem ganha em Minas ganha no Brasil, então olha sua responsa”.

Para além do âmbito nacional, o ex-ministro Luiz Dulci acredita que o PT “precisa ajudar a construir uma alternativa democrática para Minas Gerais, que tire o estado do sufoco privatista e neoliberal”. Segundo ele, é hora de “oxigenar” a legenda. “Precisamos de uma nova presidência, PT precisa sair da acomodação, precisa de uma nova liderança, com outro perfil. Não porque as anteriores tenham sido ruins, mas porque os tempos exigem renovação”.

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