ALMG: reajuste apenas para educação terá votação final nesta quarta (7/5)
Reajuste de 5,26% para os servidores da educação básica estadual foi aprovado em segundo turno na última comissão da Assembleia
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Siga noO reajuste salarial dos servidores da educação básica de Minas Gerais vai para votação final no Plenário da Assembleia Legislativa (ALMG) nesta quarta-feira (7/5), após a comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO) rejeitar emendas de segundo turno que poderiam estender o percentual, que é de 5,26%, para todas as categorias do Executivo mineiro.
A revisão apenas para o magistério foi enviada pelo governo de Romeu Zema (Novo) para atender a atualização do piso nacional da categoria. No entanto, o Palácio Tiradentes recusa estender o reajuste para as demais categorias alegando que não há previsão orçamentária, conforme informado pelo secretário de Fazenda, Luiz Claudio Gomes, em abril.
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As emendas que ampliavam as categorias contempladas pelo reajuste já haviam sido rejeitadas na tramitação de primeiro turno, mas foram novamente apresentadas por deputados da oposição nesta terça-feira (6/5).
O bloco Democracia e Luta ainda tentou uma emenda que poderia impedir o pagamento abaixo do salário mínimo, realidade de 13% dos servidores do Executivo, em especial Auxiliares de Serviço Básico da Educação (ASB). Agora, a estratégia do grupo é apresentar as emendas na votação final do Plenário.
A deputada Beatriz Cerqueira (PT) disse que é “vergonhoso” ser um dos poucos estados sem uma legislação que proteja os servidores de receberem menos que o vencimento mínimo, calculado em R$ 1.518. “É difícil explicar que estamos durante quase 30 dias tentando convencer o governo sobre uma regra do salário mínimo no estado. (...) São pessoas invisibilizadas, pessoas idosas que estão prestando serviços nas nossas escolas estaduais”, disse.
A petista também destacou o trabalho da oposição em pautar o debate, em conjunto com o deputado Sargento Rodrigues (PL), que representa as forças de segurança. “Mesmo que, na maioria das vezes, a gente perca na votação, isso não nos exime de trazer o debate, fazer audiências públicas e disputar a pauta. Vamos ter um apagão no serviço público do estado”, emendou a deputada.
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Rodrigues vai apresentar emendas que estendem o reajuste para a segurança pública durante a sessão final desta quarta. O parlamentar convocou os servidores para acompanhar a votação do projeto e disse que o governo é insensível em atender à demanda do funcionalismo.
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“O que a gente percebe é o governo sempre utilizando as redes sociais para dizer que não tem dinheiro. Uma hora comemora 'tantos por cento' investidos em educação, saúde, infraestrutura, mas na hora que falamos: 'Dê ao servidor o que é de direito’, simplesmente desaparece do mapa. Essas galerias precisam estar lotadas para acompanhar a votação final de segundo turno e pressionar a aprovação das emendas”, disse o deputado do PL.
Vício de iniciativa
O deputado Zé Guilherme (PP), presidente da FFO, recomendou a rejeição das emendas por vício de iniciativa. “Não é de competência dos deputados apresentar essas emendas, mas tenho certeza que as negociações continuam. Estamos tentando achar um denominador comum para que, no plenário, as coisas possam caminhar, e a gente chegue em um bom termo do que foi apresentado”, afirmou.