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CARNAVAL DE BH

Babadan leva música afro e potência da bateria para as ruas do Concórdia

Em plena quarta-feira de cinzas, bloco carregou os foliões com muita ancestralidade e músicos à moda antiga, apenas com instrumento de sopro e bateria

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Sem trio elétrico e sem caixa de som, apenas com a potência dos instrumentos de sopro, a força das baterias e a leveza dos bailarinos. Foi assim, com um bloco às antigas, sem cordão que separasse músicos e público, que o Babadan carregou uma multidão pelas ruas do Bairro Concórdia, na Região Nordeste, no fim da manhã desta quarta-feira de cinzas (5/3).

O bloco, inspirado no congado, no candomblé e nas bandas de Minas, mostrou o porquê da região do desfile ter se tornado um dos principais palcos de eventos da cultura negra na capital.

A banda, que sempre se destacou pelos metais afiados, casou com os instrumentos de sopro e agradou a quem ou pela Praça México neste último dia de folia oficial. Ainda mais pelo público reduzido, que acompanhou o desfile sem provocar grandes aglomerações ou muvucas.

A família de João Francisco Pedrosa, de 17 anos, e que é cadeirante, escolheu ir ao Babadan justamente pelo bloco ser mais ível, com um clima mais familiar. Eles, que pularam nos outros dias de carnaval, conseguiram ir a blocos grandes, que tinham iniciativas de ibilidade, como o Calixto. "Estava muito cheio. Só foi possível a gente ir lá porque tem a corda inclusiva", conta João.

O adolescente esteve presente no Babadan com os pais, Carlos Wagner, de 48, e Iene Valentina, de 55. A família visitou o bloco pela primeira vez e elogiou a execução da bateria. "A gente viu pelo Instagram que era uma proposta diferente, então a gente veio conhecer. E está sendo muito bom, estamos gostando", conta Iene.

 João Francisco Pedrosa, de 17 anos, acompanhou o Babadan com os pais: eles foram atraídos prla proposta ível e o clima familiar do bloco

João Francisco Pedrosa, de 17 anos, acompanhou o Babadan com os pais: eles foram atraídos prla proposta ível e o clima familiar do bloco

Túlio Santos/EM/D.A.Press

O desfile deste ano promoveu uma homenagem ao Ilê Aiyê, primeiro bloco afro do Brasil e um dos mais célebres do carnaval de Salvador. A referência, vinda do Baladan, que sempre enaltece a ancestralidade negra no carnaval belo-horizontino, foi um dos pontos altos do desfile, conta a foliona Áurea Carolina, de 41 anos. "Viver isso na nossa cidade é muito bom", relata.

Ela, que cortejou o bloco bem próximo da bateria para não perder nada, estava junto do filho pequeno. "Hoje eu estou trazendo ele pela primeira vez. Eu queria muito que ele estivesse essa experiência também, de viver um bloco na rua. E é um bloco muito lindo, bem instrumental", disse.

Identificação 

A união do Concórdia com o movimento afro não é de hoje. Tanto que a maioria dos sete blocos que desfilaram no bairro durante os cinco dias de carnaval possuem identidade com a cultura negra. Para Priscila Nunes Martins, de 29 anos, moradora do bairro, essa preferência dos blocos em desfilarem por ali não é por acaso. "Esse bairro tem uma história muito acolhedora. Tem os rolês de movimento negro, movimento afro. Mesmo fora do carnaval, nós temos muitas reuniões e eventos nessa praça", explica.

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