TELEVISÃO

Michel Melamed estreia hoje no Canal Brasil "Polipolar show"

No programa semanal, que sucede "Bipolar", o ator e diretor entrevista três artistas em três cenários diferentes a cada episódio. Exibição é sempre às quintas

Publicidade
Carregando...


Entre 2015 e 2017, o apresentador e diretor Michel Melamed comandou, no Canal Brasil, o “Bipolar show”, programa de entrevistas que teve três temporadas, com mais de 80 episódios.

A proposta era receber um convidado com quem desenvolvia uma conversa em dois momentos diferentes, com troca de cenários e figurinos. Agora, ele retorna ao formato, só que elevado ao cubo, com o “Polipolar show”, que estreia nesta quinta-feira (29/5), às 21h, na mesma emissora.


Na nova atração, Melamed recebe três convidados de diferentes áreas do fazer artístico por episódio. Com cada um, realiza três entrevistas em três situações diferentes, com cenários e figurinos que variam.

Na edição, essas conversas são intercaladas. As gravações ocorrem em um galpão de mil metros quadrados, no Rio de Janeiro, onde estão dispostos 20 diferentes cenários, contando com a presença de uma plateia que acompanha tudo de perto.


“O 'Polipolar' é um derivado do 'Bipolar show', que foi um dos quatro ou cinco projetos que desenvolvi com o Canal Brasil ao longo de 10 anos de parceria. Naquele programa, partindo da premissa de Heráclito, de que não se pode banhar no mesmo rio duas vezes, eu recebia um convidado em dois cenários diferentes. Encontrei recentemente com André Saddy (diretor-geral do Canal Brasil) e propus o 'Polipolar', levando ao paroxismo aquela proposta”, conta Melamed.

Multiplicidade

O que “Polipolar” tem de específico é que ele cumpre efetivamente a ideia de multiplicidade, com um cruzamento de visões de mundo que permite a construção de uma polifonia, tanto no que diz respeito ao que cada entrevistado comunica quanto no que tange às “latitudes emocionais” que eles expõem, conforme diz.


“O programa é cômico, mas também pode não ser; estamos fazendo piada e, logo em seguida, vamos debater um assunto premente, político, e depois pode ficar mais emotivo”, afirma. Com essa fala, ele chama a atenção para um detalhe importante do “Polipolar show”: a ausência de roteiro ou de perguntas preestabelecidas e um certo aspecto teatral, o que atende a um desejo de desmitificar o universo da televisão. Para que essa dinâmica funcione, a seleção dos convidados é determinante.

O episódio de estreia traz Melamed conversando com a atriz e apresentadora Regina Casé, com o escritor e professor Jeferson Tenório e com MC Carol. Ao longo dos outros nove episódios previstos no que se pretende ser uma primeira temporada do “Polipolar show”, ele recebe Marco Nanini, Drica Moraes, Luisa Arraes, Heloisa Périssé, Gregório Duvivier, Linn da Quebrada e Jards Macalé, entre outros. Melamed diz que são escolhas guiadas pelo amor.


“Estou chamando pessoas para uma conversa que não tem nada de programado, que pode ir para qualquer lugar. Podemos falar do café da manhã, dos nossos filhos ou de acontecimentos do Brasil e do mundo. Para que isso se dê de forma fluida e seja interessante para o público, tem que ter afeto e confiança, então convidamos 30 artistas que iro profundamente. Para mim, é uma honra que tenham aceitado estar ali para nos ofertarmos nessa cena viva”, afirma.


Regina Casé

No episódio de estreia, Melamed e Regina Casé conversam sobre os avós dele, cujos retratos estampam um dos cenários. Ela comenta que uma das avós tem cara de quem fumava maconha. MC Carol revela como se tornou compositora a partir de uma briga e fala sobre a vida na favela. Tenório simula, com o anfitrião, dar milho a pombos, relembra o episódio de censura ao seu livro “O avesso da pele”, fala sobre seus hábitos de leitura e até canta.


Melamed diz que o grande desafio é o pontapé inicial dessas entrevistas, que têm mais cara de bate-papo informal. “Como você se coloca numa situação de diálogo franco e livre com o outro? Estando presente. Duas pessoas se põem de frente, se olham e dali alguma coisa nasce, mas há que se estar aberto para isso, porque não há uma carta na manga”, diz, justificando o viés algo performático e teatral do “Polipolar show”.


“Há o desejo de estar no presente, de romper com a mise-en-scène, de descobrir na hora o que fazer com aquele tempo em que estamos juntos. É um oroboro [o símbolo da serpente que morde a própria cauda], porque o pontapé inicial é descobrir o pontapé inicial. A fragmentação e as coisas colocadas lado a lado geram novos sentidos, então é um convite ao público para criar junto com a gente.”


“POLIPOLAR SHOW”
Estreia do programa semanal de entrevistas criado, dirigido e apresentado por Michel Melamed, nesta quinta-feira (29/5), às 21h, no Canal Brasil.

Tópicos relacionados:

cultura- estreia programa televisao

Parceiros Clube A

Clique aqui para finalizar a ativação.

e sua conta

Se você já possui cadastro no Estado de Minas, informe e-mail/matrícula e senha. Se ainda não tem,

Informe seus dados para criar uma conta:

Digite seu e-mail da conta para enviarmos os os para a recuperação de senha:

Faça a sua

Estado de Minas

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Aproveite o melhor do Estado de Minas: conteúdos exclusivos, colunistas renomados e muitos benefícios para você

Assine agora
overflay