Anna Marina
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Notícia supreendente sobre o furto em minha casa

Meu sobrinho recebeu um telefonema do investigador informando que havia encontrado parte do que foi levado

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Acredite se quiser: a polícia consegue recuperar joias furtadas e devolvê-las aos donos. Os leitores desta coluna já devem ter visto aqui que fui dopada durante algum tempo por uma pessoa contratada para cuidar de mim, tive até de ser hospitalizada. O dopping era tão grande que o médico achou que eu estava entre a vida e a morte. Quis até saber da família se me tratava ou me deixava morrer.

Levaram tudo o que levei o salário da minha vida profissional juntando para poder comprar. A graça – ou desgraça – é que carregaram o que puderam, além das joias: perfumes, maquiagem e até sombrinhas de chuva que deixo na porta de entrada.

No fim da semana ada, meu sobrinho que deu parte do furto recebeu um telefonema do investigador informando que havia encontrado parte do que foi levado e eu precisaria ir lá para me certificar se as coisas eram mesmo minhas.

Como já tinha dado adeus àquelas joias, levei outro susto. Na verdade, o furto me deu um consolo: antes elas do que eu.

Na época, vários amigos aconselharam contratar um advogado para conduzir o caso. Não quis nem pensar. Primeiro, porque teria de pagar o profissional, mesmo que ele não tivesse sucesso. Segundo, porque achava que nada seria recuperado.

Quem rouba uma riviera de brilhantes e deixa como está, sem fazer nada? Já contei aqui o que o receptador de joias faz: retira as pedras e depois derrete o metal.

Parece invenção, mas é pura verdade: depois do furto, encontrei várias bijuterias de prata sem as pedras, que foram retiradas para serem vendidas. Isso quer dizer que pedras brasileiras bem lapidadas têm valor.

Enquanto escrevo esta coluna, espero meu sobrinho entrar em contato com o detetive para se encontrar com ele na delegacia onde o material está guardado.

Torço para que minhas joias realmente estejam lá, como a linda cestinha de ouro com pedrinhas de flores brasileiras feita por Wandinha Guatimosim, que parou de ocupar seu tempo produzindo joias.

Sorte será se alguma coisa puder ser recuperada, porque perfumes e maquiagens devem ter ficado na casa da ladra. Joias é que são vendidas para receptadores.

Falar nisso, outro dia fiquei sabendo que foram roubados os brincos de brilhantes colocados na imagem de Santa Luzia nos dias de procissão. Foram doados pela baronesa de Santa Luzia: cada lado do brinco tem 17 brilhantes, contados por mim.

Isso porque, na véspera da procissão na cidade de Santa Luzia, o padre José Tomás convocava a mim e a minha prima Maria da Conceição para levar os brincos para a igreja. Eu era menina ainda, mas, como gostava de joias, ia contando as pedras daqueles brincos para orelhas furadas.

Fazia isso no caminho entre a casa do padre, na Rua Direita, até a Matriz, onde as peças eram entregues a quem arrumava a santa.

Quer dizer: quem rouba de santa de altar não deve ter o menor escrúpulo de roubar de gente normal.

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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