"Se agradariam se o Maduro tivesse chegado no aeroporto com carregamento de joias. Eles iam adorar. Adoram sentar no colo do príncipe saudita. Neste caso específico, não falam de ditadura", afirmou o psolista. "Quando se trata do reestabelecimento de relações diplomáticas com um país vizinho da América Latina", prosseguiu.
Os comentários deixaram o também deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) incomodado. Ele ou a reclamar das falas do parlamentar carioca. Que retrucou questionando se "você já devolveu todos os colares".
Eduardo afirmou que devolveria quando a mãe de Glauber também devolvesse. Ex-prefeita de Nova Friburgo, no interior do Rio de Janeiro, Maria da Saudade (PSB-RJ), mãe do parlamentar, foi, em um primeiro momento, condenada em 2012 a dois anos de prisão por crimes de responsabilidade. Mas foi absolvida de forma unânime por desembargadores, em apelação na segunda instância.

Albuquerque tentou liberar as peças, alegando que eram presentes para a então primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL). Contudo, a legislação afirma que qualquer item de valor que seja presente de um governo estrangeiro para o presidente deve ser incorporado aos bens da União. Se for um bem pessoal, é necessário que seja paga uma tributação caso os bens ultraem US$ 1 mil.
Outros dois estojos aram sem serem detectados pela alfândega, cada um avaliado em cerca de R$ 500 mil.
O príncipe saudita Mohammad bin Salman é suspeito de mandar matar o jornalista Jamal Khasshoggi, em 2018, na embaixada da Arábia Saudita na Turquia. Khasshoggi era um veemente crítico do governo árabe.