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Estado de Minas Reflexão

Quando me divorciar? 225d2i


12/03/2022 04:00

Daniella Velloso Pereira
Belo Horizonte

 

“Essa é uma pergunta que muitas pessoas já se fizeram e que vem cercada de outras questões: ‘vamos viver sob o mesmo teto até casar os filhos? Até que a casa caia? Até que exploda o ninho, seque a fonte, ou que troquemos tiros? Até que alguém decida? Até o fim dos dias? Até que a morte nos uma’?.*

O grande poeta Chico Buarque de Holanda já retratou com sensibilidade ímpar a difícil decisão do melhor momento para uma de-CISÃO. Não existe momento ideal, casar os filhos, até a casa cair, até a fonte secar. Cada um sabe de si, de suas dores e seus limites e nem sempre os momentos do casal coincidem.

Para um lado, o casamento terminou; para o outro ainda há esperança: no direito temos o divórcio potestativo ou unilateral... bem simples. Basta um querer. Na vida real nada é tão singelo.

Muitas pessoas pensam que o divórcio começa com um processo judicial. Pelo contrário, o processo judicial só retrata o fim. Por isso, a mediação, antes do processo, consegue equalizar questões que o Judiciário jamais alcançará, com uma acolhida diferenciada, tratando os tempos diversos de cada um, como um cuidado paliativo, para cada qual viver sua dor de uma forma mais humanizada.

O término pode ser menos traumático ou perpetuar por tempo indeterminado, eternizando dores, afetos e desafetos. Até certo ponto, é questão de escolha. Depois que a escalada do conflito se descontrola, deixa de ser escolha e, mesmo que você decida parar, já saiu das suas mãos. Por isso, atenção! Muitas vezes, um tempo maior, no processo judicial, é necessário para amadurecimento das dores. Todavia, a eternização do processo pode ser patológica, adoecer toda a família, filhos, amigos e pessoas próximas.

Reflita, ouça profissionais das mais diversas áreas, em briga de marido e mulher ninguém mete a colher já ficou ultraado. Profissionais como advogados, mediadores e psicólogos podem unir forças para a construção de uma estrada menos tortuosa.

Outro ponto: não há divórcio sem dor, não se iluda. Por isso, muitas pessoas protelam a decisão. Não julgar, ouvir, acolher é chique, é imperativo, é necessário. No final, sabemos que a vida é única, temos escolhas, até mesmo escolher não escolher. Acolha-se, respeite-se, e aja, se assim decidir. Arrependimento? Quem não os tem... mas olhe para frente, na vida não há garantias.

Vá com calma, vá com alma!”

 

*Trecho da música “O casamento dos pequenos burgueses”, de Chico Buarque de Holanda

 

Advogada especializada em direito de famílias e sucessões

 

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