
"Tendo em vista o tamanho da carreta articulada e a quantidade de produtos que ele carregava, com 31 toneladas de latas de cerveja, por causa da atitude imprudente do motorista, não foi possível fazer a curva, e aconteceu essa tragédia", esclarece o delegado Rodrigo Fagundes, da Divisão Especializada em Prevenção e Investigação de Crimes de Trânsito (DEPICT).
Na ocasião, a carreta perdeu o controle, invadiu a contramão e atingiu um carro. O condutor do automóvel, de 43 anos, faleceu no local. O caminhoneiro, de 42, estava consciente e alegou ter havido falhas nos freios. Ele veio a falecer um mês depois, por complicações causadas pelo acidente.
"Os freios do veículo, bem como suas lonas, estavam em perfeitas condições de trafegabilidade. O veículo não tinha qualquer espécie de anomalia mecânica", detalha o delegado. "Na maioria dos acidentes nesse local, seja com automóveis ou com carretas, os condutores alegam falha mecânica".
A perícia apontou também que o veículo já trafegava com excesso de velocidade muito antes do local do acidente. "Fizemos levantamentos com o rastreador e foi detectado que o veículo na altura do Viaduto da Mutuca realizava uma velocidade absurda, de 117km/h. Nem veículo automotor costuma praticar uma velocidade dessa", diz.
Relembre o caso 3u6a27
O acidente aconteceu por volta das 6h de 17 de junho deste ano, uma quarta-feira. O veículo de carga, que vinha de Petrópolis (RJ) em direção ao Centro de BH, descia a rodovia, quando perdeu o controle da direção e bateu na mureta central, destruindo parte da estrutura. Em seguida, invadiu a contramão e atingiu o carro. Com a colisão, ambos caíram do barranco.
*Estagiário sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira
*Estagiário sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira