
Sob aplausos, caminhoneiro cearense recebe alta no Hospital Universitário Clemente de Faria, em Montes Claros. Ele ou 46 dias internado com COVID-19, sendo 30 no CTI, onde chegou a ser entubado. #COVID #COVID19 #coronavírus #saúde #MinasGerais pic.twitter.com/fVCZiObW
— Estado de Minas (@em_com) June 11, 2020
No dia 22 de abril, o caminhoneiro saiu do Ceará com destino a São Paulo. Ao ar pelo pelo Norte de Minas, ele sentiu mal em uma parada em posto de gasolina, às margens da BR-251. Foi atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e Emergência (Samu) e levado parao Hospital Municipal de Francisco Sá, cidade da mesma região, segundo a secretária de Saúde do município, Aline Bicalho. Em seguida, ele foi transferido para Montes Claros, informou o Hospital Universitário Clemente de Faria, vinculado à Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). O quadro se agravou e, no dia 3 de maio, o paciente foi levado para o CTI e precisou ser entubado. Por lá, ele ficou até o dia 2 de junho.
“Temos muita gratidão a Deus a todos os médicos do HUCF pelo esforço”, afirma a mulher do caminhoneiro, S.M.O.M. “O sentimento é de extrema gratidão, pois, muitas vezes, eu mesma não acreditava que seria possível ele (o marido) voltar pra nós”, relembra. Ela que deslocou até o Norte de Minas para reencontrar o companheiro depois de ficar 39 dias sem vê-lo.
A mulher afirma que o caminhoneiro apresentou os sinais da doença gripal ainda antes de sair de casa, mas que não imaginou que ele teria contraído a COVID-19. “Ele já saiu do Ceará com os sintomas, estava com a garganta ardendo e febril. Mas a gente nunca pensou que seria coronavírus. No Ceará, tem muitos casos e o meu marido não teve os cuidados preventivos necessários”, relatou.
A superintendente do Hospital Universitário Clemente de Faria, Priscila Izabela Menezes, ressalta que a unidade é referência para a macrorregião Norte de Minas, que atende 1,6 milhão de pessoas. Mas, ainda segundo ela, devido a situação geográfica de Montes Claros, os hospitais acabam recebendo pessoas de outros estados. “Por sermos um entroncamento rodoviário, recebemos pacientes de todo o Brasil, como foi o caso em discussão – que, por ser caminhoneiro, ou mal na viagem e foi trazido para o nosso hospital”, comenta.
Priscila também informou que, desde o inicio da pandemia até a ultima terça-feira (10), o Hospital Universitário de Montes Claros atendeu 312 casos suspeitos da COVID-19. A unidade conta com 20 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) voltados exclusivamente pra os casos de coronavírus. Nesta quinta-feira, a unidade registra seis pacientes internados com suspeitas da doença.