(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Celular, vilão que virou queridinho nas aulas em tempos de COVID-19 3yv5f

Aparelho, que era tormento para educadores nas atividades presenciais, agora se tornou ferramenta para que muitos estudantes tenham o a conteúdos on-line 1b5g2o


12/07/2020 06:00 - atualizado 12/07/2020 07:30

O celular é o meio de contato da estudante do ensino médio Maria Clara dos Santos Silva com a escola, mas ela afirma sentir falta dos professores(foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press)
O celular é o meio de contato da estudante do ensino médio Maria Clara dos Santos Silva com a escola, mas ela afirma sentir falta dos professores (foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press)


Ele já foi o vilão da sala de aula. Afinal, qualquer professor já terá perdido a conta das vezes em que precisou pedir para alunos desligarem o celular. Agora, em tempos de isolamento social, o smartphone virou estrela: é ele que garante o o de boa parte dos estudantes ao conteúdo das aulas não presenciais. “Só tenho meu celular”, afirma a estudante do segundo ano do ensino médio Maria Clara dos Santos Silva, de 16 anos. Ela lembra que, no início, não conseguia assistir às aulas, porque o aplicativo da Secretaria de Estado da Educação não era compatível com o sistema operacional do aparelho. Somente há duas semanas o problema se resolveu.

Agora, o telefone, que antes podia ser fonte de distração, é que garante que a adolescente “entre” em sala. Mesmo assim, a relação não é de todo pacífica, e se um problema se resolveu, outros surgiram. “O ensino remoto é meio complicado. Temos muitas atividades para fazer e pouco tempo para entregar. O professor tem pouco contato com a gente. As aulas não têm nada a ver com as atividades”, avalia. Maria lembra que nas aulas presenciais, a figura do educador era essencial para manter a concentração. “Os professores deveriam entrar mais em contato com a gente”, sugere a estudante da Escola Estadual José Maria Bicalho, em Santa Luzia, na Grande BH.

Com tantas mudanças e dificuldades, o calendário se transformou em outro desafio. Ainda não há data fixada para que o semestre se encerre, e muitas escolas não descartam sequer que o atual ano letivo invada o calendário de 2021. A subsecretária de estado de Desenvolvimento da Educação Básica, Geniana Faria, afirma que o objetivo é que todo o conteúdo programático seja dado dentro da carga horária prevista.

“É um desafio imenso. Foi um tempo curto de preparação logística para nosso estado”, afirma Geniana Faria. Ela lembra que o ensino remoto é uma forma de garantir que o aluno manterá o vínculo com a escola, um jeito de “não perder esses estudantes”. Na semana ada, na rede estadual de ensino, tiveram início as atividades remotas do segundo volume dos programas de ensino a distância.

O material traz conteúdos e atividades que representam a continuidade do primeiro volume. Os programas já foram enviados a alunos e professores. Universidades mineiras auxiliaram no processo de revisão do volume 2. “O movimento do regime especial veio, na verdade, colocar no cenário desigualdades que já existiam. Ele não veio trazendo a desigualdade. Já estava posta. O que fez foi escancará-la”, afirma Geniana.

A subsecretária afirma que o material didático foi enviado por e-mail, está no aplicativo, no site e também foi impresso para alunos que têm dificuldade de ar o ambiente digital. As aulas são transmitidas pela Rede Minas e pela TV Assembleia. Geniana considera que o desafio maior é fazer com que o formato remoto seja inclusivo e, por isso, a Secretaria da Educação oferece várias opções para que o aluno receba o material.

Universidades ajudam a “corrigir o trabalho” 4e1e36

 Depois de apontados os erros em diversos conteúdos produzidos para os alunos da rede estadual, a Secretaria de Estado de Educação estabeleceu parceria com as universidades para a revisão do conteúdo. Cada instituição apoiou na revisão do material por área do conhecimento: a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) fez a revisão de matemática; a Universidade Federal de Viçosa (UFV) ficou responsável pelos conteúdos de ciências humanas e linguagens; e a Unimontes fez a revisão dos conteúdos de ciências da natureza.

A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), a Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), o Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG) e a Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg) também apoiam a Secretaria da Educação na revisão dos materiais e se somam a esse time para o volume 3.

Entrevista/Priscila Boy 1d4l6q


Escritora, palestrante e diretora da Priscila Boy Consultoria

“Temos de celebrar, mas também temos de lamentar”

"As crianças menores têm mais dificuldade de concentração em longos períodos. Os adolescentes têm dificuldade em cumprir ordens" - Priscila Boy (foto: Arquivo Pessoal/Divulgação)
O ensino remoto veio a toque de caixa com a pandemia. Isso atrapalhou ou tornou a educação a distância uma realidade no século 21?
O aspecto positivo é que forçou a escola olhar para essa modalidade, que representa o futuro. O aspecto negativo é que isso foi feito sem planejamento. Não se muda um formato e faz migração para outro sem se planejar. A escola não tinha todas as ferramentas. Não tinha projeto pedagógico no formato remoto, que é diferente, assim como o tipo de aula. É diferente o tipo de atividade que se envia, as interações. Temos que celebrar a entrada neste mundo virtual, mas temos que lamentar que tenha sido dessa forma, porque isso fez com que fosse atrapalhada. Talvez alguns fiquem com imagem negativa do ensino remoto.

Qual a maior dificuldade para os alunos?
As crianças menores têm mais dificuldade de concentração em longos períodos. Quanto menores, mais inquietas e distraídas. Outra questão é não saber operar as ferramentas. Às vezes, elas ficam com os microfones abertos, ligam ou desligam a câmera. Não fazem alguma atividade de interação. Desconcentram-se muito fácil. Também há os danos potenciais para a saúde, pelo fato de a criança ficar exposta muito tempo à tela.

E para os adolescentes?
Para eles, as dificuldades operacionais são mais fáceis de negociar. O adolescente tem, teoricamente, uma autogestão. Mas têm dificuldade em cumprir ordens, vivem muito de tribo. Os meninos do ensino médio gostam de fazer uma gracinha, um comentário. Não têm muita disciplina com as coisas. Às vezes, assistem à aula deitados. E, por ser adolescente, a família já não dá tanto apoio a esse estudante. Ter disciplina, foco, rotina, autogestão se caracterizam como dificuldades. Às vezes, o aprendizado fica comprometido por causa dessa dispersão.

O que os professores podem fazer diante dessas dificuldades?
O professor tem de fazer malabarismo. E ele também foi pego de surpresa. Não é uma modalidade que a maioria domina. Para manter a atenção dos alunos, ele tem que promover interações. Se ele vai falar sobre a salinização da água no mar: “Quem já foi à praia">

Como a COVID-19 é transmitida"> !function(){"use strict";window.addEventListener("message",(function(a){if(void 0!==a.data["datawrapper-height"])for(var e in a.data["datawrapper-height"]){var t=document.getElementById("datawrapper-chart-"+e)||document.querySelector("iframe[src*='"+e+"']");t&(t.style.height=a.data["datawrapper-height"][e]+"px")}}))}(); 124q6q


Como se prevenir? 293y49

A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê

Quais os sintomas do coronavírus? 18p59

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19: 6r4e32

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam: 4h493f

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus. 

Vídeo explica por que você deve 'aprender a tossir'


Mitos e verdades sobre o vírus 3z3x4x

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência

Para saber mais sobre o coronavírus, leia também: 3v5i1w

 


receba nossa newsletter 4p25o

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso! 373110

*Para comentar, faça seu ou assine 2f2i1y

Publicidade

(none) || (none)