DIU: mitos e verdades sobre o método contraceptivo 146p6a

O dispositivo intrauterino, popularmente conhecido como DIU, ao contrário do que muitos pensam, é um método contraceptivo seguro, eficiente e reversível. Ele pode ser encontrado na rede pública de saúde e, mesmo no sistema privado, com ótimo custo-benefício.

No entanto, dados do Ministério da Saúde (MS) revelam que apenas 1,9% das mulheres em período fértil usam o DIU no Brasil. A justificativa para a baixa adesão está associada à falta de informações e o enorme número de dúvidas que existem sobre o método.

 

Leia também: Xô, gripe! Veja como fortalecer o sistema imunológico com a alimentação  

Pensando nisso, Renato de Oliveira, ginecologista e obstetra da Criogênesis, traz os principais mitos e verdades sobre o assunto e esclarece dúvidas frequentes que permeiam o uso do dispositivo intrauterino. 

Mito. "Desde que a mulher continue com o acompanhamento ginecológico regular e apropriado, a gravidez poderá ocorrer normalmente. O dispositivo só impossibilita a gravidez enquanto está sendo utilizado e, ao removê-lo, a paciente poderá engravidar naturalmente já no ciclo menstrual seguinte", informa.

 

Mito. O especialista explica que o DIU não provoca o ganho de peso e nem causa qualquer alteração do apetite, pois não utiliza hormônios para funcionar. "Apenas o DIU com hormônios, têm certo risco de causar esse tipo de alteração corporal. Porém, cada caso deve ser avaliado individualmente. Hoje em dia existem diversos exames capazes de fazer um mapeamento eficiente, nesse sentido”, afirma.

Verdade. “Como todas as formas contraceptivas, o dispositivo também tem algumas restrições. Mulheres que têm alguma malformação no útero, útero muito pequeno ou infecções uterinas recentes não devem fazer uso do aparelho. Ele também não é indicado para mulheres que ainda não começaram a vida sexual”, esclarece.

Mito. Renato de Oliveira comenta que, assim como os outros métodos anticoncepcionais, o DIU não descarta 100% a probabilidade de gravidez. Apesar do índice altíssimo de eficácia, que varia entre 99,5% para os de cobre e 99,8% para os hormonais, é indispensável ter consciência de que é possível engravidar mesmo fazendo uso do aparelho, já que a taxa de falha do dispositivo varia de 0,2 a 0,8%.

 

Verdade. “No primeiro mês, o DIU pode causar alguns desconfortos por ainda não estar totalmente acomodado dentro do corpo. Contudo, em caso de dores muito fortes ou se esses sinais não arem após o período, é necessário voltar ao médico para examinar se a implantação do dispositivo foi realizada de forma correta”, finaliza.