AUTOIMUNE

O que é esclerose múltipla? A doença afeta em especial mulheres jovens

A esclerose múltipla é uma das doenças mais comuns do sistema nervoso central e requer diagnóstico precoce

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Na próxima sexta-feira, 30 de maio, é celebrado o Dia Mundial da Esclerose Múltipla, data que chama a atenção para essa doença neurológica crônica e autoimune, que afeta cerca de 40 mil brasileiros, segundo a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM). De acordo com o Ministério da Saúde, a esclerose múltipla é uma das doenças mais comuns do sistema nervoso central, atingindo cerca 2,8 milhões de pessoas em todo o mundo.

A neurologista Jéssica Rodrigues, do Hospital Semper, explica que a esclerose múltipla é uma doença autoimune crônica com componentes inflamatórios e neurodegenerativos, que atinge principalmente mulheres em idade fértil, entre 20 e 40 anos. “A condição afeta o sistema nervoso central, especialmente o cérebro e a medula espinhal, nas áreas de substância branca. O termo “múltipla” se refere ao fato de comprometer diversas regiões do sistema nervoso, sendo que os sintomas variam conforme as áreas afetadas”, afirma.

Em relação aos sintomas, a especialista destaca que eles variam conforme a região do sistema nervoso central afetada. “Por exemplo, se atingir os nervos ópticos, pode causar alterações visuais; se acometer o cerebelo, provoca desequilíbrio e tontura; e, se afetar a medula espinhal, gera fraqueza, alterações nos esfíncteres urinário ou fecal, além de alterações sensoriais”, disserta.

Já no que diz respeito ao diagnóstico da doença, Rodrigues aponta que ele é baseado nos sintomas clínicos, no exame neurológico e em achados específicos na ressonância magnética. “A revisão dos critérios diagnósticos em 2024 incluiu novos exames para auxiliar na confirmação, como potenciais evocados visuais, tomografia de coerência óptica (OCT) e a presença de cadeias leves kappa no líquor”, cita.

A neurologista esclarece que a esclerose múltipla (EM) é uma doença multifatorial, causada por fatores genéticos, como os antígenos HLA-DRB1 e HLA-DRB2 e polimorfismos em receptores de interleucinas 2 e 7, e por fatores ambientais modificáveis, como tabagismo, deficiência de vitamina D, obesidade e infecção pelo vírus Epstein-Barr.

Ela conclui dizendo que a esclerose múltipla não tem cura, mas conta com diversos tratamentos, inclusive pelo SUS, individualizados conforme o paciente, como mulheres que desejam engravidar ou têm fobia de agulhas, com opções orais e terapias avançadas com anticorpos monoclonais que imunossuprem e previnem danos ao organismo, permitindo vida normal quando iniciados precocemente. “Além disso, o apoio psicológico e a reabilitação física são fundamentais, pois muitos pacientes enfrentam depressão e ansiedade; o acompanhamento multiprofissional, incluindo fisioterapia, terapia ocupacional, e nutricional, médico e familiar, melhora a qualidade de vida e auxilia no manejo dos sintomas motores e cognitivos”, finaliza.

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