Como prevenir esquistossomose: doença que parece rara mas circula no país
Descubra como prevenir esquistossomose, conheça os sintomas e os riscos da doença que continua presente em áreas do Brasil com saneamento precário
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Siga noA esquistossomose pode até não estar no topo das doenças mais comentadas atualmente, mas ainda representa um risco real no Brasil. Segundo a Fiocruz, cerca de 12 milhões de pessoas vivem em áreas de risco para a doença, especialmente em locais com pouco o a saneamento básico. O Ministério da Saúde também alerta que mais de 1,5 milhão de brasileiros são monitorados em regiões endêmicas, com notificações anuais.
Apesar de antiga, a doença continua sendo um desafio de saúde pública e a prevenção ainda é a melhor ferramenta. Por isso, entender como prevenir esquistossomose é essencial para evitar a infecção, reconhecer os sintomas e interromper o ciclo de transmissão.
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O que é a esquistossomose e como ela é transmitida
A esquistossomose, também conhecida como barriga d’água, é uma doença infecciosa causada por um verme do gênero Schistosoma, que entra no corpo através da pele, principalmente quando a pessoa tem contato com água doce contaminada.
Como a transmissão da esquistossomose ocorre
A esquistossomose não é transmitida diretamente de pessoa para pessoa, nem apenas pelo contato com fezes contaminadas. Para que o ciclo da doença aconteça, é preciso um conjunto de fatores e o ambiente certo.
Tudo começa quando uma pessoa infectada elimina nas fezes os ovos do parasita Schistosoma mansoni. Se essas fezes forem descartadas de forma inadequada, ou seja, em locais sem saneamento básico, os ovos chegam a corpos de água doce como rios, lagoas, córregos ou açudes, e eclodem, liberando larvas microscópicas.
Essas larvas infectam caramujos do gênero Biomphalaria, que atuam como hospedeiros intermediários. Após algumas semanas, os caramujos liberam novas formas do parasita (cercárias), agora capazes de penetrar diretamente na pele humana durante o contato com a água, mesmo que o contato seja breve.
o contato com fezes contaminadas não transmite diretamente a doença, mas é a origem da contaminação da água é fundamental para o ciclo de transmissão se manter ativo. Por isso, o saneamento básico e o descarte correto de esgoto são tão importantes para prevenir novos casos.
Quais são os principais sintomas da esquistossomose?
Os sintomas variam conforme a fase da infecção. Muitas vezes, eles am despercebidos no início, o que torna o diagnóstico precoce um desafio. veja quais são os sinais:
- coceira ou vermelhidão na pele no local de entrada do parasita;
- febre, calafrios e dor de cabeça;
- diarreia, enjoo e dores abdominais;
- cansaço e mal-estar;
- inchaço no abdômen (nas fases mais avançadas);
- aumento do fígado e baço.
Quando não tratada, a doença pode evoluir para formas graves, com comprometimento do fígado, sangramentos intestinais e hipertensão portal.
Como prevenir esquistossomose
A principal forma de prevenção é evitar o contato com água doce potencialmente contaminada por caramujos transmissores. Veja algumas práticas importantes:
O que você deve evitar
- nadar, pescar ou caminhar descalço em lagos, rios ou represas de áreas de risco;
- usar água de rios e açudes para lavar alimentos ou objetos sem tratamento prévio.
O que você deve fazer
- usar botas de borracha ou proteção ao trabalhar em áreas alagadas;
- manter terrenos limpos e sem acúmulo de água parada;
- seguir boas práticas de higiene e use água tratada para consumo e preparo de alimentos.
Riscos caso a esquistossomose seja tratada
Se ignorada, a esquistossomose pode provocar danos progressivos ao fígado, intestino e baço, podendo levar a:
- hemorragias digestivas;
- aumento acentuado do abdômen (por acúmulo de líquido);
- dificuldades respiratórias (em casos raros);
- comprometimento neurológico (em casos de esquistossomose cerebral).
Essas complicações são evitáveis com diagnóstico e tratamento rápidos, o que reforça a importância da prevenção e do acompanhamento médico.
Quando procurar um médico
Caso você tenha tido contato com áreas de risco e perceba sintomas como febre, mal-estar ou dor abdominal persistente, é importante buscar atendimento. O diagnóstico é feito por exame de fezes e, em alguns casos, exames de sangue ou ultrassom abdominal.