PÁSCOA

Consumo moderado de chocolate amargo pode reduzir risco de diabetes tipo 2

Especialista explica como aproveitar os benefícios do cacau sem prejudicar a saúde, com dicas e estratégias para evitar exageros

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A Páscoa é sinônimo de muito chocolate, mas o consumo exagerado pode trazer riscos à saúde, como ganho de peso, resistência à insulina e aumento do colesterol. Por outro lado, quando consumido com moderação e na versão certa, o chocolate, principalmente o amargo, pode trazer benefícios, incluindo a redução do risco de diabetes tipo 2.

Um estudo publicado em dezembro de 2024 no periódico The BMJ mostrou que consumir até cinco porções semanais de chocolate amargo, com 70% ou mais de cacau - o que equivale a cerca de uma porção por dia em dias úteis - está associado a uma redução de 21% no risco de desenvolver diabetes tipo 2. Cada porção foi definida como 28 gramas (1 onça), aproximadamente o tamanho de uma fileira de uma barra padrão de 100g.



Atualmente, a doença acomete mais de 20 milhões de brasileiros, segundo dados recentes da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Além disso, o país ocupa o sexto lugar no ranking mundial em número de casos de diabetes tipo 2, com uma prevalência de aproximadamente 90%, e o terceiro em diabetes tipo 1. Até 2045, estima-se que o número de diabéticos no Brasil deve ultraar 23 milhões, devido ao envelhecimento da população, sedentarismo e aumento da obesidade.

Mas por que o chocolate amargo tem esse efeito protetor? De acordo com a endocrinologista e diretora clínica da Atma Soma, Alessandra Rascovski, a resposta está nos flavonoides do cacau.

"Ele é rico em polifenois, que melhoram a sensibilidade à insulina e reduzem a inflamação crônica, fatores importantes na prevenção do diabetes. Já o chocolate ao leite tem menos cacau e mais açúcar, o que pode ter o efeito contrário", explica.

Diabéticos podem comer chocolate?

Para quem já tem diabetes, o consumo deve ser moderado e preferencialmente na versão amarga (com no mínimo 70% de cacau). Chocolates diet ou zero açúcar podem parecer boas opções, mas a especialista alerta para as armadilhas.

"Muitas opções diet têm menos açúcar, mas mais gordura para manter a textura, o que também pode impactar o metabolismo. O ideal é ler o rótulo e optar por versões com alto teor de cacau e o mínimo de aditivos", recomenda.

Outra estratégia para reduzir o impacto glicêmico é combinar o alimento com fontes de fibras e proteínas, como castanhas ou iogurte natural.

Chocolate e saúde hormonal

Além dos benefícios metabólicos, o chocolate pode influenciar o humor e os sintomas hormonais. Um estudo publicado na revista Nature mostrou que o consumo diário de 12g de chocolate amargo 78% cacau por oito semanas reduziu sintomas de depressão em mulheres na menopausa.

"O cacau estimula a produção de serotonina e endorfinas, que melhoram o bem-estar. Além disso, o magnésio presente no alimento pode ajudar a aliviar cólicas e irritabilidade na TPM", diz Alessandra.



Para os homens, o chocolate amargo também pode ser benéfico, já que os antioxidantes do cacau ajudam a reduzir o estresse oxidativo, melhorando a saúde cardiovascular e a função endotelial, “que regula a circulação sanguínea, a função cardíaca e o tônus vascular”, complementa.

Como consumir chocolate na Páscoa sem exageros?

Para aproveitar a data sem prejudicar a saúde, a endocrinologista recomenda:

- Prefira ele amargo: 70% cacau ou mais

- Evite comer de uma só vez: fracionar em porções menores ao longo do dia

- Combine com oleaginosas: como nozes e amêndoas, para reduzir o índice glicêmico

- Fique atento aos rótulos: principalmente de chocolates diet e zero açúcar

- Movimente-se: compensar com atividade física ajuda a equilibrar o metabolismo

"O segredo é o equilíbrio. O chocolate pode ser um aliado da saúde, mas o excesso sempre traz prejuízos", reforça a endocrinologista.

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