O glaucoma, principal causa de cegueira irreversível no mundo, afeta mais de 70 milhões de pessoas globalmente. Em alusão à Semana Mundial do Glaucoma, que termina nesta segunda-feira (17/4) a Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG) intensifica seus esforços para aumentar a conscientização sobre a doença, seus fatores de risco, sintomas e opções de tratamento.
“O glaucoma é uma condição que danifica o nervo óptico, geralmente devido ao aumento da pressão intraocular”, afirma a oftalmologista Erika Yumi, especialista no tratamento de glaucoma do NEO Oftalmologia. Essa lesão pode ser progressiva e, segundo ela, se não tratada, pode levar à perda irreversível da visão. “A doença é frequentemente assintomática em seus estágios iniciais, o que reforça a importância dos
exames oftalmológicos regulares para a detecção precoce”, explica.
Algumas pessoas apresentam maior predisposição ao desenvolvimento do glaucoma, incluindo aquelas com idade acima de 40 anos, ascendência africana, miopia elevada (acima de 5 graus), histórico de traumas oculares, diabetes, hipertensão e histórico familiar da doença.
Tratamentos
Existem diferentes tipos de glaucoma, cada um com características e abordagens de tratamento específicas, que visam controlar a pressão intraocular e evitar danos adicionais ao nervo óptico. As opções incluem colírios, que são a primeira linha de tratamento e estão disponíveis gratuitamente pelo SUS; laser, utilizado em casos leves e iniciais para reduzir a pressão intraocular; e cirurgia, indicada quando os colírios não são eficazes ou causam efeitos colaterais significativos, ou quando o paciente procura ajuda já com a pressão muito alta, buscando assim reduzir a pressão ocular.
A gravidez exige atenção especial no tratamento do glaucoma, pois pode causar flutuações naturais na pressão intraocular. Além disso, bebês de mães com histórico de glaucoma congênito têm maior risco de desenvolver a doença. O teste do olhinho, realizado em recém-nascidos, pode detectar diversas condições, incluindo o glaucoma congênito.