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Uso repetido de paracetamol é associado a danos cardiovasculares e renais

Médico especialista em Intervenção em Dor ressalta importância de buscar ajuda especializada

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Usar paracetamol sem orientação médica para aliviar as dores não é um bom negócio para a saúde do coração, dos rins e do trato gastrointestinal, segundo estudo recente. Médico especialista em Intervenção em Dor ressalta importância de buscar ajuda especializada

Uma nova pesquisa liderada por especialistas da Universidade de Nottingham descobriu que doses repetidas de paracetamol em pessoas com 65 anos ou mais podem levar a um risco aumentado de complicações gastrointestinais, cardiovasculares e renais. “Pacientes com condições dolorosas crônicas, como a osteoartrite, muitas vezes acabam usando esse tipo de medicamento de venda livre para alívio dos sintomas, o que é duplamente perigoso, já que adia a visita ao médico para o real tratamento e, também, porque o uso repetido desses medicamentos causa complicações”, esclarece o ortopedista Fernando Jorge, especialista em Intervenção em Dor e em Medicina Intervencionista em Dor. O novo estudo foi publicado no Arthritis Care and Research no final de 2024.

O ortopedista analisa que muitas das dores crônicas podem ser melhoradas com diversas estratégias não medicamentosas, incluindo a Medicina Regenerativa, a terapia de luzes e a fisioterapia. “E em todos os casos, é fundamental uma indicação médica para definir a conduta. O que muitas vezes ocorre, no entanto, é a busca pela automedicação com o paracetamol por exemplo, o que promoverá alívio ageiro. Quando o efeito findar, o paciente repete a dose e assim sucessivamente. No entanto, já está bem estabelecido que isso pode causar danos renais”, diz o médico.

O estudo analisou dados do Clinical Practice Research Datalink-Gold. Os participantes tinham 65 anos ou mais, com média de idade de 75, e estavam registrados em um consultório de clínica geral do Reino Unido por pelo menos um ano entre 1998 e 2018. Os pesquisadores analisaram os registros de saúde de 180.483 pessoas que receberam prescrição de paracetamol repetidamente (2 prescrições em seis meses) durante o estudo. Seus resultados de saúde foram então comparados aos de 402.478 pessoas da mesma idade que nunca receberam prescrição de paracetamol repetidamente. “Os resultados mostraram que o uso prolongado de paracetamol foi associado a um risco aumentado de úlceras pépticas, insuficiência cardíaca, hipertensão e doença renal crônica”, diz o médico.

Em grande quantidade, esse tipo de medicamento pode ser nefrotóxico, ou seja, na sua composição existem toxinas que são direcionadas ao rim antes de serem dissipadas pelo organismo, explica Fernando. “Quando as substâncias estão em níveis elevados, isso pode desencadear problemas renais”, destaca.

Os dados do estudo desafiam ainda mais se o paracetamol deve ser mantido como analgésico oral de primeira linha para o tratamento da osteoartrite, dados seus benefícios não clinicamente significativos e potenciais danos. “Um estudo no qual a prescrição de paracetamol é modelada como uma exposição variável no tempo deve ser realizado para confirmar essas descobertas”, diz o médico. “De qualquer maneira, o mais prudente é buscar auxílio médico especializado, pois a prescrição de um medicamento sempre é feita com base na relação entre benefício e risco ao paciente. E isso o médico avaliará sempre”, orienta o ortopedista.

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