Juscelino pediu demissão do cargo; partido deve indicar deputado Pedro Lucas
Demissão do ministro foi acertada em almoço com participação da ministra Gleisi Hoffmann. Situação do titular das Comunicações ficou insustentável depois de denunciado por corrupção iva e outros crimes pela Procuradoria Geral da República. O provável substituto é o líder do União Brasil na Câmara, também do Maranhão
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Siga noO ministro das Comunicações, Juscelino Filho, pediu demissão do cargo depois de denunciado ao STF pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, por corrupção iva e outros crimes correlatos. A saída de Juscelino foi formalizada em carta aberta divulgada no início da noite desta terça-feira, 8.
O presidente Lula esperava que a demissão partisse do próprio ministro. Em junho do ano ado, quando a investigação foi concluída pela Polícia Federal, o petista afirmou que somente decidiria pela saída do titular das Comunicações caso a PGR confirmasse a denúncia, o que ocorreu agora.
Deputado federal pelo Maranhão, Juscelino é filiado ao União Brasil. Embora o partido tenha dado apoio ao ministro em nota divulgada no início da tarde desta terça-feira, 8, a permanência na Esplanada mostrou insustentável em função do critério fixado pelo presidente. O nome mais provável para substituí-lo é o do atual líder do partido na Câmara, Pedro Lucas, também do Maranhão, que integrou a comitiva de Lula na recente viagem ao Japão e ao Vietnã.
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Antes mesmo da decisão ser tornada pública, membros da base do governo diziam na sessão da Câmara que o gesto dele indicaria lealdade. “Se ele for amigo, pedirá para sair”, disse um deputado aliado ao Planalto. Além disso, o União Brasil procurou ser pragmático e escolheu de imediato outro nome para a pasta, para não correr o risco de perdê-la em uma eventual nova rodada de trocas ministeriais.
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O destino de Juscelino foi selado em um almoço na casa do presidente do partido, Antonio Rueda, no qual participaram a ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, o líder do partido na Câmara, Pedro Lucas, e o próprio ministro. Segundo fontes palacianas, esse almoço já teria sido marcado para tratar de um reajuste da participação do União Brasil no governo. A denúncia contra o ministro, no entanto, virou o assunto principal e o acordo para a troca foi feito.