Centenas de manifestantes pelo fim da jornada de trabalho 6x1 se reuniram na Praça da Independência, no Hipercentro de Belo Horizonte, nesta quinta-feira (1º/5), data em que é celebrado o Dia do Trabalho. O ato foi convocado pela Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT-MG) e reuniu lideranças sindicais que pediram pela revisão da escala de trabalho, tarifa zero no transporte público na capital mineira e dispararam críticas ao governador Romeu Zema (Novo).
“Estamos aqui hoje pela redução da jornada de trabalho 6x1, isenção do imposto de renda e contra as políticas do governo Zema. Esse sistema não beneficia nem os patrões nem o trabalhador”, afirmou o presidente da CUT-MG, Jairo Nogueira, .
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O líder sindical destacou a satisfação pela sinalização positiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à redução da jornada de trabalho dos celetistas e caraterizou o ato como uma “união de forças”.
Aceno de Lula
Na véspera do Dia do Trabalhador, Lula disse nessa quarta-feira (30/4) que o governo iria aprofundar o debate sobre a redução da jornada de trabalho vigente no país, a chamada escala 6X1.
Ele lembrou o envio ao Congresso Nacional do projeto de lei que prevê a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil. “Agora é assim, quem ganha menos não paga e quem ganha muito paga um valor justo”, disse. A menção de Lula foi uma das bandeiras destacadas pela CUT durante a manifetsação.
Críticas a Zema
A deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT), oposição a Zema na Assembleia, reforçou: “É um governo aliado de quem explora a classe trabalhadora. É um governo que está sempre governando para pequenos grupos econômicos. Isso tem um prejuízo para o conjunto da sociedade, os indicadores que nós temos no nosso estado sobre trabalho, sobre melhoria de renda, são indicadores de políticas federais, porque aqui no estado a gente não tem nada”.
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A deputada estadual Bella Gonçalves (PSOL), que integra o bloco parlamentar Democracia e Luta ao lado de Beatriz Cerqueira, chamou Zema de “inimigo do trabalhador”. “Os que dizem que vai quebrar a economia são os mesmos que foram contra a abolição da escravidão, são os mesmos que sustentam o trabalho análogo à escravidão. Ele gosta mesmo é de uma chibata e jamais poderá ser a favor dos trabalhadores, não quer nem dar a recomposição salarial aos servidores”, declarou.
Além das parlamentares estaduais, os vereadores petistas Pedro Rousseff, pedro Patrus e Luiza Dulci marcaram presença no ato.
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A manifestação seguirá para Viaduto Santa Tereza, onde acontecerá uma comemoração ao Dia do Trabalhador. De acordo com a organização, o evento contará com bloco de músicas carnavalescas e outras apresentações artísticas.