O governador Romeu Zema (Novo) pediu na noite desta sexta-feira (11/4) que a Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra) aprofunde estudos e faça adaptações no edital para concessão do Vetor Norte da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), que prevê a implantação de praças de pedágio nas vias MG-010, MG-424 e LMG-800.

O governador pede, por exemplo, que veículos que trafeguem pelo mesmo trecho mais de uma vez por dia sejam cobrados uma única vez.

A medida de Zema busca atender uma solicitação do presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Tadeu Martins Leite (MDB), que classificou a concessão das vias estaduais como "mal necessário", mas que pediu maior sensibilidade às pessoas que transitam por cidades da Grande BH.

"Precisamos pensar em soluções definitivas e sustentáveis, que garantam melhorias reais para a população e evitem que os erros do ado se repitam", afirmou Zema em nota.

Em entrevista ao Estado de Minas, o secretário de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra) de Minas Gerais, Pedro Bruno, justificou que a medida é para trazer mais investimentos à Região Metropolitana. Ele mencionou a instalação da fábrica da Heineken em os, no Sul de Minas.

“A fábrica da Heineken é apenas um exemplo de vários que a gente tem. Hoje nós temos tirado investimentos da Região Metropolitana por falta de soluções estruturantes em termos de logística. Quando a gente coloca esse conjunto de investimento, seja ele do estado, seja ele do governo federal, vamos ter nos próximos anos uma transformação da mobilidade na Região Metropolitana, trazendo muito desenvolvimento”, emendou.

Apenas no Vetor Norte, o governo Zema deve instalar 12 praças de pedágio, inclusive na via que conecta BH ao Aeroporto de Belo Horizonte, em Confins; a estimativa é que nesse trecho a tarifa inicial seja de R$ 7,74. Os valores cobrado nas outras áreas podem variar de R$ 1,45 até R$ 5,57, segundo estudo recente da Seinfra.

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Na Assembleia, a pauta vem unindo grupos que eram opositores, como a deputada Bella Gonçalves (Psol), ao governo Zema e ex-aliados, como o deputado bolsonarista Bruno Engler (PL), que apresentaram dois projetos para evitar a cobrança que, na avaliação deles, apenas prejudicam a população da região.

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