Nordeste e Sudeste têm mais apoio à redução da jornada de trabalho
Regiões estão acima da média nacional de apoio a proposta de por fim à escala 6x1 e a cara horária de 44h semanais
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Siga noO Nordeste e o Sudeste são as regiões brasileiras mais favoráveis à redução da jornada máxima de trabalho, da escala 6x1 e carga horária de 44 horas semanais, de acordo com pesquisa do instituto Nexus divulgada nesta terça-feira (8/4). Ambas estão acima da média nacional de 65% em prol da proposta.
O levantamento mostra que 74% dos nordestinos apoiam a mudança na Constituição para reduzir a jornada de trabalho. No Sudeste, o percentual favorável à proposta é de 66%.
As duas regiões também têm a maior taxa de apoio a uma jornada máxima de 36 horas semanais sem redução no salário - 67% de nordestinos e 64% dos sudestinos.
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Em todas as regiões do país, o apoio à redução da jornada é maior do que a rejeição. No Norte, o percentual cai para 59%, enquanto no Centro-Oeste o apoio é de 57% da população. A menor taxa é no Sul, onde 56% da população apoia a proposta.
Em relação à jornada de 36 horas semanais, o Sul também tem o menor índice de aprovação com 55%. No Centro-Oeste, 57% da população aprova a mudança, e no Norte, 60%.
O levantamento ainda mostra que, no geral, 42% acreditam que trabalhar quatro dias por semana e folgar três, sem redução de salário, traria impactos positivos para o país. Cerca de 30% afirmam que os impactos seriam negativos, e 22% acreditam que não fariam diferença.
A pesquisa Nexus entrevistou 2 mil pessoas com idade a partir de 16 anos, nas 27 Unidades da Federação, entre 10 e 15 janeiro. A margem de erro no total da amostra é de dois pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.
O debate sobre a redução da jornada de trabalho ganhou tração no fim do ano ado, quando a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) apresentou uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que pode proibir a escala 6x1. O texto foi protocolado na Câmara dos Deputados no dia 25 de março.
Atualmente, a Constituição permite uma jornada de até oito horas diárias e 44 horas semanais. Contudo, o relatório mais recente da Organização Internacional do Trabalho, braço da Organização das Nações Unidas (OIT-ONU), mostra que o brasileiro trabalha, em média, 39 horas semanais.
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Segundo o de estatísticas da OIT, cerca de 11% dos trabalhadores brasileiros possuem jornada de 49 horas ou mais por semana, patamar considerado excessivo pela organização. A média global é de uma carga horária de 40 horas semanais.