O deputado federal Rodrigo Valadares (PL-SE), relator do projeto de lei que pode anistiar os condenados pelo ataque do 8 de janeiro de 2023, disse que a medida trata de absolver “pessoas inocentes”. O parlamentar discursou no protesto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) neste domingo (16/3), em Copacabana, no Rio de Janeiro. 

“Quantas vezes decretaram a morte da anistia? Quantas vezes falaram que a anistia estava morta? Mas eu venho trazer uma palavra de esperança, presidente (Bolsonaro), a anistia está mais viva do que nunca, e nós iremos aprovar a anistia”, disse. 

 

Valadares ainda reclamou de parte da classe artística que se manifesta contra absolver os condenados do 8/1. Ele lembra que a Lei da Anistia beneficiou pessoas da esquerda que foram perseguidas pela ditadura militar

“Diferente dessa (anistia), eles foram beneficiados por terem matado, sequestrado, cometido assalto, fazerem guerrilha. A gente está tratando aqui de anistiar pessoas inocentes ", emendou Rodrigo Valadares. 

Faixa no trio elétrico de Bolsonaro faz referência ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump MAURO PIMENTEL/AFP
Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) fez as principais críticas ao governo Lula MAURO PIMENTEL/AFP
Bolsonaro tinha expectativa de reunir 1 milhão de pessoas em Copacabana MAURO PIMENTEL/AFP
Bolsonaro pediu anistia aos condenados pelo 8 de janeiro de 2023 MAURO PIMENTEL/AFP
Bolsonaro sugeriu que Alexandre de Moraes, ministro do STF, interferiu nas eleições de 2022 PABLO PORCIUNCULA/AFP
Flávio Bolsonaro foi o único filho de Jair a discursar no ato PABLO PORCIUNCULA/AFP
Ex-presidente se defendeu das acusações de tramar um golpe de Estado PABLO PORCIUNCULA/AFP
Bolsonaro chegou a reclamar da mobilização: 'No 7 de setembro tinha mais gente' PABLO PORCIUNCULA/AFP
Bolsonaristas levaram faixas e cartazes com referência aos Estados Unidos MAURO PIMENTEL/AFP
Bolsonaro reuniu apoiadores em Copacabana, no Rio de Janeiro MAURO PIMENTEL/AFP

O ato convocado por Bolsonaro reúne milhares de pessoas nas areias do Rio de Janeiro, tendo como palavra de ordem absolver as pessoas que invadiram os prédios dos Três Poderes em 2023. Nos discursos, os convidados evitaram ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas citaram o ministro Alexandre de Moraes como uma espécie de inimigo. 

Até o momento, o Supremo já condenou mais de 400 pessoas pelos ataques de 8 de janeiro de 2023. Outros 542 réus denunciados por crimes de menor gravidade am acordos com o Ministério Público Federal, medida que encerra a ação penal sem condenação em troca do cumprimento de medidas alternativas como multa, 225 horas de serviço comunitário, necessidade de comparecer a um curso sobre democracia e restrição de redes sociais. 

Ao todo, o MPF ofereceu denúncia contra 1.687 envolvidos nos ataques golpistas. Entre as provas obtidas pela Polícia Federal, estão fotos e vídeos feitos pelos celulares dos denunciados, apreensão de materiais lesivos, documentos como relatórios de inteligências, e depoimentos. 

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Pelo menos 412 pessoas respondem por crimes mais graves dentro do grupo dos executores dos ataques. Elas são acusadas de golpe de Estado, tentativa violenta de abolição do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e dano ao patrimônio tombado. Outras 1.204 pessoas estão no grupo dos incitadores, presas no dia seguinte aos ataques, no acampamento do Quartel General do Exército em Brasília.

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