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Esquerda faz atos dispersos pelo país contra anistia a Bolsonaro

Ao todo, neste domingo (30/3), sete capitais brasileiras tiveram manifestações contra a anistia aos réus do 8 de Janeiro

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SÃO PAULO, SP, E RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Neste domingo (30/3) e ao longo dos próximos dias, a esquerda realiza atos dispersos pelo país, tendo a pauta contra a anistia aos envolvidos com os atos golpistas de 8 de janeiro como bandeira principal e defendendo a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A organização da maioria dos atos foi feito pelas entidades que formam a frente Povo Sem Medo e Brasil Popular.

Em São Paulo, partidos de esquerda e centrais sindicais se reuniram, na praça Oswaldo Cruz, na região da avenida Paulista, na tarde deste domingo. E dali seguem em caminhada até o antigo DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informação e Centro de Operações de Defesa Interna), principal centro de tortura da ditadura militar na cidade.

Convocada pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) em suas redes sociais, a manifestação reuniu lideranças do PSOL, como o deputado federal Ivan Valente. O Partido dos Trabalhadores (PT) foi representado pelo deputado federal Lindbergh Farias e o parlamentar Antônio Donato, da Assembleia Legislativa de São Paulo.

Em seu discurso, Boulos anunciou articulação para o texto não ser aprovado, assim como o Lindbergh. "Anistia é o escambau", disse Boulos, em seu discurso.

"Essa semana a gente ficou ouvindo provocação da imprensa, da direita, dizendo que nosso ato ia ser esvaziado", afirmou Boulos. "Eu digo a vocês sem medo de errar, aqui hoje na avenida Paulista tem mais gente do que o ato golpista em Copacabana".

A manifestação ocupava o espaço da praça e seu entorno, e tomava uma das duas vias da avenida, no quarteirão entre a praça e a rua Teixeira da Silva, quando o começou a seguir rumo ao Doi-Codi.

No Rio de Janeiro, o ato foi marcado para a próxima terça-feira (1°/4), mas entidades realizaram panfletagem e ações com cartazes pela cidade neste domingo.

Membros do MTST (Movimentos dos Trabalhadores Sem-Teto) carioca estenderam sob os Arcos da Lapa uma bandeira com a frase "sem anistia para quem ataca a democracia".

A bandeira, segundo membros da entidade, foi colocada às 7h e retirada dez minutos depois por policiais militares. Procurada, a PM não respondeu. Militantes do PT (Partido dos Trabalhadores) e da UP (Unidade Popular) entregaram panfletos e adesivos contra a anistia na feira da Glória e no parque do Flamengo.

Em Belo Horizonte, Minas Gerais, o ato se concentrou na praça da Independência, na avenida Afonso Pena. Os mineiros levaram cartazes com fotografias de desaparecidos e mortos pela ditadura militar e um boneco de pano com o rosto de Bolsonaro colocado entre grades.

Os manifestantes que carregavam as grades usavam máscaras dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes, dois dos que votaram, na quarta (26/3), pelo recebimento da denúncia da PGR que tornou o ex-presidente réu.

Em Recife, em Pernambuco, o ato ocorreu no parque Treze de Maio, no bairro da Boa Vista e, em Belém, no Pará, a manifestação concentrou estudantes ao redor do Theatro da Paz.

Em Brasília, o ato no Eixão do Lazer teve cartazes contra a anistia e pela memória dos mortos na ditadura, com referências ao filme "Ainda Estou Aqui".

Há atos previstos nesta segunda-feira (31/3) em Niterói, no Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, interior de São Paulo, e Fortaleza. Na terça (1°/4) estão programadas manifestações nas capitais Aracaju, Campo Grande, Salvador, João Pessoa, Rio de Janeiro, Teresina, São Paulo e Fortaleza.

Ao todo, foram anunciadas ao menos 30 manifestações entre sexta (28/3) e terça-feira (1º/4), em 20 cidades.

As frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular programaram 29 mobilizações, em municípios de diversos estados do país. Já o coletivo de advogados Prerrogativas promoverá um ato na segunda-feira (31/3), na PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), na capital paulista.

Pelo segundo ano consecutivo, o governo Lula (PT) não realizará atos oficiais em memória da data que marca o golpe militar de 1964.

No ano ado, no aniversário de 60 anos, o presidente orientou os ministérios a não fazerem nem críticas nem cerimônias ligadas ao tema, em uma tentativa de não tensionar a relação com os militares. Em 2024, Lula disse que preferia não ficar "remoendo" sobre o golpe de 1964 porque isso "faz parte do ado" e ele queria "tocar o país para frente".

O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania afirmou que a pasta demonstra, por meio de ações, seu compromisso com a democracia, a verdade e a memória da história política do Brasil. Em nota, destacou ações em março sobre o tema.

Entre eles, está o pedido de desculpas da ministra Macaé Evaristo às famílias de mortos e desaparecidos por negligência da União na guarda e identificação de remanescentes da vala de Perus.

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