O Ministério Público Eleitoral (MPE) denunciou o partido Agir, em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, por fraude na cota de gênero e falta de e aos candidatos a vereador nas eleições de 2024. Segundo depoimentos, o partido teria direcionado sua estrutura exclusivamente para a campanha da deputada Ione Barbosa (Avante) à prefeitura, deixando os candidatos a vereador sem apoio.

De acordo com a denúncia, obtida com exclusividade pelo Estado de Minas, duas candidatas do Agir não receberam nenhum voto, nem mesmo delas próprias. Elas afirmaram, em depoimento, que o partido não ofereceu estrutura nem recursos financeiros, e que, ao tentarem desistir da candidatura, foram informadas de que o prazo já havia se encerrado.



Em um dos depoimentos, foi relatado que toda a estrutura do Agir foi direcionada para a campanha de Ione Barbosa, já que o partido fazia parte da coligação. Ione é deputada federal de primeiro mandato e tentou a Prefeitura de Juiz de Fora pela segunda vez em 2024. Ela terminou o pleito na 3ª posição, com 27.732 votos (9,92%).

MP pede inelegibilidade da direção do partido

Na ação, o Ministério Público solicita a inelegibilidade da direção do partido em Juiz de Fora, a nulidade dos votos recebidos pelo Agir e a recontagem do quociente eleitoral.

Em nota, o Agir declarou que "confia plenamente na transparência e legalidade dos atos de seus representantes na condução de todo o processo eleitoral durante a campanha de 2024, o que restará comprovado em defesa perante a Justiça Eleitoral de Juiz de Fora."

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A assessoria da deputada Ione Barbosa não se pronunciou sobre o caso.

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