Suécia julga jihadista por assassinato de piloto jordaniano que foi queimado vivo na Síria
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Siga noO jihadista Osama Krayem, condenado pelos ataques de Paris e Bruxelas em 2015 e 2016, começou a ser julgado nesta quarta-feira (4) na Suécia por sua suposta participação no assassinato de um piloto jordaniano queimado vivo em uma jaula na Síria.
Esse é o primeiro e único julgamento pelo assassinato do piloto em 2015, destacou o Ministério Público sueco.
Sua morte comoveu a Jordânia, que nessa época participava dos ataques da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos contra a organização jihadista Estado Islâmico (EI) na Síria.
"Osama Krayem, em conjunto e em acordo com outros coautores membros do Estado Islâmico (EI), matou Maaz al-Kasasbeh", declarou a promotora Reena Devgun, na abertura do julgamento em Estocolmo.
"Uniformizado e armado, custodiou e escoltou a vítima até uma jaula de metal, onde depois foi preso", disse.
Krayem, um sueco de 32 anos, será julgado por "crimes de guerra agravados e crimes terroristas". Sentado de costas para os presentes, apareceu tranquilo, com o cabelo preto solto e barba, vestido com uma jaqueta azul-escuro.
Em 24 de dezembro de 2014, um avião pertencente à Força Aérea jordaniana foi derrubado na Síria, perto de Raqa, e o piloto foi capturado no mesmo dia pelo grupo EI.
Seu assassinato foi filmado e em 3 de fevereiro de 2015 foi publicado em um vídeo de 22 minutos, acompanhado de uma nashid (canção religiosa muçulmana) composta para a ocasião.
Não foi possível determinar a data da execução, mas a investigação permitiu identificar o local exato onde ocorreu. Acredita-se que os outros jihadistas presentes no vídeo estejam mortos.
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