TikToker é presa por jogar dinheiro para o alto durante festa
A prática, embora comum em celebrações nigerianas, é proibida por lei por ser considerada um desrespeito à moeda nacional, a naira
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Siga noA influenciadora digital Murja Kunya, de 26 anos, conhecida por seus vídeos polêmicos nas redes sociais, foi condenada na última quarta-feira (28/5) a seis meses de prisão por um ato considerado ilegal na Nigéria: jogar notas de dinheiro para o alto durante uma festa. A prática, embora comum em celebrações nigerianas, é proibida por lei por ser considerada um desrespeito à moeda nacional, a naira.
De acordo com o jornal nigeriano Daily Post, a sentença foi proferida pelo juiz Simon Amobeda, do Tribunal Federal Superior de Kano, no norte do país, após Kunya se declarar culpada.
Além da pena de prisão, a influenciadora recebeu uma multa de 50 mil nairas (aproximadamente R$ 188) e foi ordenada a usar sua plataforma, com mais de um milhão de seguidores no TikTok, para atuar como ativista contra o abuso da moeda.
Os crimes cometidos por Murja Kunya
Murja Kunya se tornou uma figura controversa na cidade de Kano, majoritariamente muçulmana, por seu conteúdo considerado "imoral" pelas autoridades locais. A jovem já foi detida várias vezes pela polícia da Sharia (Hisbah) e vinha sendo monitorada pela Comissão de Crimes Econômicos e Financeiros da Nigéria (EFCC).
Sua última prisão ocorreu em março de 2025, após semanas foragida. Ela havia sido detida inicialmente em janeiro, depois que um vídeo viral a mostrava pichando notas de naira em um quarto de hotel.
Após ser libertada sob fiança istrativa, Kunya não compareceu ao tribunal e desapareceu. Somente em 16 de março foi recapturada pela EFCC e levada a julgamento, sendo formalmente indiciada em 20 de maio.
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A prática de jogar dinheiro em eventos sociais, conhecida localmente como "spraying", é tradicional em casamentos e festas, mas vem sendo combatida pelas autoridades nigerianas com base na Lei do Banco Central da Nigéria de 2007, que proíbe o abuso e a mutilação da naira. Desde o ano ado, a EFCC intensificou a aplicação da lei, levando celebridades e influenciadores aos tribunais - o que gerou críticas de seletividade e rigor excessivo.
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Apesar da condenação, o tribunal optou por dar à mulher a chance de contribuir de forma positiva, determinando que utilize sua presença on-line para conscientizar o público sobre o respeito à moeda nacional.
*Estagiária sob supervisão da subeditora Celina Aquino