Internacional

Cannes entrega Palma de Ouro em festival de forte tom político

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O Festival de Cannes entrega neste sábado (24) a Palma de Ouro, após a exibição de 22 filmes na mostra competitiva, com protagonismo das mulheres e da política, com críticas abertas a vários governos.

O júri, presidido pela atriz sa Juliette Binoche, anunciará os vencedores em uma cerimônia que começará às 18h40 locais (13h40 de Brasília).

O último dia do festival foi perturbado por um apagão no sudeste da França, mas a cerimônia acontecerá "em condições normais", informou a organização.

O apagão deixou a cidade de Cannes e suas imediações sem energia elétrica, segundo as autoridades locais, mas o festival tem um gerador para evitar incidentes.

Um dos favoritos à Palma de Ouro, segundo os críticos, é "Sentimental Value", do diretor norueguês Joachim Trier, que provavelmente recebeu a maior salva de aplausos dos 22 filmes em competição.

O filme narra o relacionamento complicado entre um diretor de cinema no fim da vida (Stellan Skarsgard), que deseja retomar o relacionamento com as suas duas filhas, especialmente com a mais velha, Nora, interpretada magistralmente por Renate Reinsve, a quem propõe um papel em seu próximo filme. 

Outro destaque da mostra é "Sound of falling", da jovem diretora alemã Mascha Schilinski.

No último dia de competição, sexta-feira, "Jeunes mères", a história de cinco adolescentes mães ou grávidas, emocionou os críticos. Os irmãos belgas Luc e Jean-Pierre Dardenne podem entrar para a história e conquistar sua terceira Palma de Ouro (após "Rosetta" em 1999 e "A Criança" em 2005) com o longa-metragem de estilo sóbrio, quase documental.

- Brasil -

O brasileiro "O Agente Secreto", de Kleber Mendonça Filho, também foi muito elogiado.

O longa-metragem brilha por seu roteiro e encenação perfeita, que reproduz o Brasil turbulento do período da ditadura militar. Wagner Moura interpreta um professor que decide voltar a Recife em 1977 para tentar recuperar seu filho, sem saber que colocaram um preço em sua cabeça.

O júri tem outros filmes de tom político para escolher, além de forte simbolismo.

Dois iranianos se destacam: Jafar Panahi, diretor multipremiado, mas que há 15 anos não conseguia comparecer a um festival internacional. 

Preso em duas ocasiões, torturado e perseguido pelo regime dos aiatolás, Panahi narra em "Um simples acidente" a terrível escolha enfrentada por um homem que acredita ter reconhecido seu torturador.

Panahi conseguiu comparecer a Cannes. Filmado clandestinamente, seu filme é um ataque frontal contra o governo.

Seu compatriota Saeed Roustaee apresenta em "Woman and child" outra forte personagem feminina (Parinaz Izadyar), na pele de uma viúva que não consegue controlar seu filho rebelde.

jz/es/pb/fp

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