Formada pela UFMG, atua no jornalismo desde 2014 e tem experiência como editora e repórter. Trabalhou na Rádio UFMG e na Faculdade de Medicina da UFMG. Faz parte da editoria de Distribuição de Conteúdo / Redes Sociais do Estado de Minas desde 2022
Próximo papa será escolhido nos próximos dias crédito: AFP PHOTO / VATICAN MEDIA
É tradição na Igreja Católica que, após se tornar papa, um cardeal altere seu nome. O papa Francisco, por exemplo, se chamava Jorge Mario Bergoglio. Mas você sabia que dificilmente um pontífice vai escolher o nome Pedro?
Existem dois principais motivos para isso. O primeiro é que seria uma forma de respeito a São Pedro, considerado o primeiro papa. A segunda razão diz respeito a uma profecia atribuída a São Malaquias.
A “Profecia dos papas” é um conjunto de 112 lemas escritos em latim, supostamente redigidos por São Malaquias, bispo irlandês do século XII. Cada um descreveria, em ordem, os 112 últimos papas.
A última frase indica que o último papa seria "Petrus Romanus", ou seja, "Pedro, o Romano", e que ele veria a destruição de Roma e o Juízo Final. Alguns veem isso como uma profecia e interpretam da seguinte forma: se um papa for chamado de Pedro II, ele seria o último.
A profecia ficou em alta, também, porque o lema de número 112 diz respeito ao papa que vai suceder Francisco, que foi o papa de número 111. Alguns especialistas e estudiosos questionam a autenticidade e interpretação da profecia, e a Igreja Católica não a reconhece como uma profecia oficial.
De acordo com especialistas, ao longo da história, 16 papas eleitos foram batizados como Pedro (ou uma variação como Pietro ou Peter). Mas todos preferiram alterar o nome pontifício.
Outros nomes ‘proibidos’
Apesar de não haver uma lista formal de nomes proibidos para os papas, os pontífices, ao longo da história, evitam vários nomes. "Jesus II seria basicamente uma blasfêmia. Não há sucessor de Jesus. Ele era divino. Os papas são apenas homens”, explicou o professor de Teologia Andrew Boyd em um fórum.
Outro nome proibido seria Judas. Isso porque – mesmo havendo o santo São Judas Tadeu – há a associação com Judas Iscariotes, o apóstolo que traiu Jesus. A figura de Judas é importante na história cristã e é usada para reflexão sobre a traição e o pecado.
Leão XIII - Vicenzo Giocchino Raffaele Luigi Pecci-Prosperi-Buzzi nasceu em Roma. Ele foi o chefe da Igreja Católica de 20 de fevereiro de 1878 até a data de sua morte, em 20 de julho de 1903, invadindo, portanto, o início do século 20.
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O papado de Leão XIII foi o quarto mais longo da história (25 anos e 150 dias) e ele foi o segundo mais longevo a liderar a Igreja Católica - morreu aos 93 anos.
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Pio X - Giuseppe Melchiorre Sarto nasceu em Riese, cidade localizada na região do Vêneto, na Itália. Ele foi o primeiro papa eleito no século 20, liderando a Igreja Católica por 11 anos e 6 dias - de 4 de agosto de 1903 a 20 de agosto de 1914.
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Ele foi o primeiro papa a ser canonizado em mais de três séculos - o último havia sido Pio V, no século 16. Por isso, também é conhecido como São Pio X.
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Bento XV - Nascido em Gênoa, na Itália, Giacomo Paolo Giovanni Battista della Chiesa foi sumo pontífice por 7 anos e 141 dias (de 3 de setembro de 1914 a 22 de janeiro de 1922).
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Eleito poucas semanas antes da eclosão da Primeira Guerra Mundial, Bento XV foi o 258º papa da Igreja Católica.
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Pio XI - Natural da comuna italiana de Desio, na Lombardia, Ambrogrio Damiano Achille Ratti foi papa por 17 anos e 4 dias - de 6 de fevereiro de 1922 até sua morte, em 10 de fevereiro de 1939.
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Pio XI foi o primeiro soberano da cidade-estado do Vaticano, criado no Tratado de Latrão, de 1929, que reconheceu a localidade como um estado independente sob a soberania da Santa Sé. Domínio Público/Wikimédia Commons
Pio XII - O 260º papa da história nasceu em Roma, na Itália. Eugenio Maria Giuseppe Giovanni Pacelli exerceu o cargo por 19 anos e 221 dias - de 2 de março de 1939 até sua morte, em 1958.
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No período do pontificado de Pio XII o planeta viveu o drama da Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945) e sua figura ainda hoje é envolta em controvérsia pelo que muitos historiadores consideram cumplicidade da cúpula da igreja com o holocausto (assassinato em massa de judeus).
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João XIII - Angelo Giuseppe Roncalli nasceu em Sotto il Monte, na província de Bérgamo, na Itália. Ele ocupou o trono de São Pedro por 4 anos e 218 dias - de 28 de outubro de 1958 a 3 de julho de 1963.
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Em seu papado, João XIII convocou o Concílio Vaticano II, que terminou em 1965, já com o Papa Paulo VI, e introduziu mudanças modernizantes e renovadoras na Igreja Católica.
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O papado de Paulo VI ficou marcado pela continuidade do trabalho do antecessor João XIII, estreitando as relações da Igreja Católica com ortodoxos, anglicanos e protestantes.
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João Paulo I - Nascido na região do Vêneto, Albino Luciani foi o último italiano a ocupar o trono. O seu papado durou apenas 33 dias, um dos mais curtos da história - de 3 de setembro de 1978 até sua morte em 28 de setembro do mesmo ano.
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João Paulo I foi o primeiro papa a usar nome composto, em homenagem aos dois antecessores imediatos (João XIII e Paulo VI).
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João Paulo II - Primeiro papa não italiano desde o holandês Adriano VI, Karol Józef Wojtyla nasceu Wadowice, na Polônia, e liderou a Igreja Católica por 26 anos e 168 dias - de 16 de outubro de 1978 até sua morte, aos 84 anos, em 2 de abril de 2005.
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Com o terceiro maior pontificado da história, João Paulo II foi uma das personalidades mais influentes do século 20, com intensa atuação política. Ele visitou 129 países, posicionou-se contra a Guerra Fria e pediu desculpas pela Inquisição.
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Bento XVI - Joseph Aloisius Ratzinger nasceu no estado da Baviera, na Alemanha, e ocupou o trono por 7 anos e 315 dias - de 19 de abril de 2005 a 28 de fevereiro de 2012, quando abdicou da função.
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Primeiro papa a renunciar ao posto em quase 600 anos, Bento XVI alegou motivos de saúde física e mental para deixar o papado. Já na condição de papa emérito, morreu aos 95 anos, em 31 de dezembro de 2022.
Reprodução do Youtube
Francisco - Nascido em Buenos Aires em 1936, o argentino Jorge Mario Bergoglio foi líder da Igreja Católica por 12 anos e 39 dias - de 19 de março de 2013 até sua morte, em 21 de abril de 2025.
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Primeiro papa latino-americano e jesuíta, Francisco teve o pontificado marcado por grande preocupação social, o que o fez conhecido como o “papa dos humildes”. Com perfil progressista, implementou importantes reformas na igreja.
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Também não há registro de um papa chamado José. Muitos consideram que seria uma forma de desrespeito com São José – o pai terreno de Jesus.