POLO DE ADULTERAÇÃO

Polícia apreende 140 toneladas de sabão em pó falsificado na Grande BH

Produtos foram encontrados em fábricas com maquinários sofisticados para falsificação de embalagens e encaminhamento para o mercado

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Minas Gerais tem sido considerado um polo de falsificação de sabão em pó no Brasil. A informação foi reada pela Polícia Civil do estado (PCMG) após a última etapa da Operação Lavagem Perfeita, que, em um ano, apreendeu mais de 140 toneladas de produtos adulterados. Os materiais foram encontrados em fábricas na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Nessa quinta-feira (22/5), 21 toneladas de sabão em pó foram encontradas e apreendidas em um galpão em São Joaquim de Bicas, na Grande BH. No local, os policiais do Departamento Estadual de Combate a Corrupção e a Fraudes encontraram um grande maquinário para evasão do produto e diversas sacas.

De acordo com o delegado Magno Machado, chefe da divisão de fraudes, a organização criminosa responsável pela falsificação tem sido investigada desde maio de 2024. O grupo foi apontado como especialista na adulteração de produtos saneantes de grandes marcas e tem atuado no estado desde 2023.

As mercadorias, então, eram vendidas por preço de mercado a pequenos comércios. Machado explica que a composição dos materiais adulterados era desconhecida, sem informações sobre a origem dos químicos. "Após análise laboratorial, verificamos que são produtos que têm uma grande quantidade de sal e totalmente em desacordo com as especificações do fabricante."

Ainda conforme Machado, as empresas identificaram que o estado se tornou um polo das falsificações de produtos como o sabão em pó. O delegado acredita que isso acontece devido às rotas para transporte que acabam levando a todos os demais estados brasileiros. 

“Grande parte dessa falsificação é feita em Minas Gerais e depois encaminhada para São Paulo, então muito desse produto, que é contrafeito aqui, é levado para outros estados. E as empresas ajudaram a mapear que tem um grande polo dessas falsificações é Minas Gerais”, afirma Magno Machado.

Prisões

Desde o início da operação, 19 pessoas foram presas. Os suspeitos foram indiciados por organização criminosa e contrafação de produtos químicos. Caso eles sejam condenados, as penas poderão chegar a 20 anos de prisão. Machado afirma que a penalidade para a falsificação ou reprodução ilegal de produtos como esses se equiparam as penas do tráfico de drogas.

O chefe do departamento, delegado Adriano Moreira, explica que a atividade irregular afeta bruscamente a economia do estado. Além disso, o uso do químico sem liberação adequada coloca em risco a população, já que pouco se sabe sobre sua origem. 

“A operação de ontem (22/5) é muito importante porque evidencia uma ação qualificada da Polícia Civil no sentido de impedir que esse produto entrasse em circulação. Então, apesar de toda a preparação [da organização criminosa] com a locação de um galpão, os equipamentos, maquinários e os produtos já prontos para ser envasado, esse produto não chegou a entrar em circulação”, afirma Moreira. 

Ainda conforme o delegado responsável pela operação, Magno Machado, ao longo da primeira fase da operação, no último maio, foram apreendidas 50 toneladas de sabão em pó. Dois meses depois, em julho, 61 toneladas foram encontradas em outra fábrica. As ordens judiciais de prisão e busca e apreensão foram expedidos para endereços em Ribeirão das Neves, Igarapé e São Joaquim de Bicas, todas na Região Metropolitana de BH. 

“Durante as investigações, verificamos que esse sabão vem principalmente do estado da Bahia. Ele vem em grandes pacotes e é trazido para a Região Metropolitana de Belo Horizonte para ser envasado em marcas de outras empresas. [...] Mas nós também tivemos informações de fábricas para o envasamento em Divinópolis e Nova Serrana”, esclarece o chefe da divisão de fraudes da PCMG. 

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Grande parte dessa falsificação é feita em Minas Gerais e depois encaminhada para São Paulo, então muito desse produto que é contrafeito aqui é levado para outros estados. E as empresas ajudaram a mapear que tem um grande polo dessas falsificações é Minas Gerais.

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