DOENÇAS RESPIRATÓRIAS

‘Maio será todo assim’, diz secretário de BH sobre sobrecarga na saúde

Danilo Borges alerta para aumento da demanda em UPAs e hospitais, e reforça a importância da vacinação e dos cuidados preventivos

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A pressão sobre o sistema de saúde de Belo Horizonte, provocada pelo avanço das doenças respiratórias, não deve dar trégua tão cedo. A previsão do secretário municipal de Saúde, Danilo Borges, é de que o cenário de alta demanda se prolongue até, pelo menos, o fim de maio, mês que já começou com pronto atendimentos cheios, internações em alta e reforço na rede pública.

“Maio será todo assim”, resumiu o secretário Danilo Borges, ao descrever o impacto da sazonalidade no aumento de casos e a resposta do município diante do pico de infecções. Em entrevista concedida ao Estado de Minas neste sábado (10/5), durante o Dia D de vacinação contra a gripe, ele detalhou a estratégia emergencial em curso, que prevê a ampliação de leitos, reforço das equipes nas UPAs e abertura de centros de saúde aos fins de semana, em regiões com maior volume de atendimentos.

“Estamos com o sistema de urgência bastante sobrecarregado. As UPAs estão cheias não só com crianças, mas também com adultos e, principalmente, idosos. É um momento de sobrecarga no sistema, mas não é nada que nós não possamos manejar. A projeção é de aumento da demanda durante todo o mês de maio”, disse o secretário. A capital foi a terceira cidade de Minas a decretar situação de emergência pela escalada das doenças respiratórias.

Desde então, a prefeitura reforçou o plantão pediátrico nas UPAs, abriu 30 leitos infantis – 20 no Hospital Odilon Behrens e 10 no Hospital da Baleia – e prepara a abertura de mais 13 leitos no Hospital das Ciências Médicas, no Bairro Santo Agostinho, na Região Centro-Sul da capital. O município também aguarda a abertura de 50 novos leitos anunciados nessa sexta-feira (9/5) pelo governo do estado.

Também foi iniciada neste sábado a abertura de cinco centros de saúde aos finais de semana, localizados nas regionais Barreiro, Venda Nova, Oeste, Norte e Nordeste, áreas que, juntas, concentram cerca de 65% da demanda por atendimentos respiratórios.

Dia D de vacinação

Neste sábado, a capital mineira realiza o Dia D de vacinação com todos os 153 centros de saúde funcionando das 8h às 17h, além de postos extras, como o instalado no Parque Municipal Américo Renné Giannetti, no Centro. A expectativa é aumentar a cobertura vacinal, especialmente entre crianças menores de 1 ano e idosos, que são os grupos mais vulneráveis e com maior índice de internações.

Desde cedo, famílias se espalhavam pelo gramado do parque, com carteiras de vacinação em mãos. Amanda Pereira, advogada de 35 anos, veio de Venda Nova com a filha para aproveitar a ação. “A oportunidade foi muito boa. Durante a semana é tudo muito corrido, então decidimos trazer nossa filha para ear e já aproveitar para todos tomarem a vacina”, contou. A pequena, que tinha acabado de se vacinar, fez questão de enfatizar: “não chorei”.

Assim como Amanda, o motorista Rodrigo Queiroz, de 41 anos, também decidiu aproveitar a facilidade de o. Viu a campanha na televisão e se organizou para estar presente. “Facilita bem mais. Os postos e as UPAs estão sempre cheios, então trazer a vacinação para um lugar aberto, onde o pessoal já costuma vir pra ear, ajuda muito”, avaliou ele, que mantém o hábito de se vacinar todos os anos.

Até o momento, foram aplicadas mais de 304 mil doses em Belo Horizonte, mas entre os grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde a adesão ainda é baixa. Apenas 12,3% das crianças de seis meses a 5 anos receberam a vacina. Entre os idosos com 60 anos ou mais, o índice é de 35,5%. Entre as gestantes, 20%. A média geral da cidade é de 29,7%. A meta é chegar a 90%.

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Além da vacinação, o evento no parque teve música, apresentações culturais, atividades físicas como o Lian Gong e a presença do Zé Gotinha. Até o prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil), apareceu no Parque Municipal para se vacinar. Em conversa com a imprensa, ele reforçou a importância da campanha. “A vacinação é muito importante e é ela que vai nos ajudar a controlar tudo isso”, disse.

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