Audiência pública discute criação de parque entre BH e Nova Lima
Consulta pública será na próxima quarta-feira (30/4) e faz parte do processo de consolidação da proposta
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Siga noO debate acerca do futuro da área perada pela antiga linha férrea entre o Belvedere, bairro da da capital mineira, e o Vila da Serra, em Nova Lima, vai ser retomado na próxima quarta-feira (30/4) em segunda consulta pública. A audiência tem como objetivo ouvir a opinião da população sobre o projeto do Parque da Linha Férrea, proposto pela Prefeitura de Nova Lima, que prevê uma área de lazer e a construção de uma nova avenida no local como solução para melhorar o trânsito.
A consulta pública sobre a proposta de construção de uma nova avenida na área e um parque vai ser realizada no Auditório do Centro de Educação Integral (CEI) Imaculada Conceição, na Rua dos Aimorés, 1.600, Bairro Funcionários, Região Centro-Sul de BH, às 19h.
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O projeto intitulado Parque da Linha Férrea propõe a ocupação da faixa de terreno do antigo ramal ferroviário de Águas Claras, que divide os Bairros Belvedere, em BH, e Vila da Serra, em Nova Lima, Região Metropolitana da capital mineira. Uma das propostas é que o trecho conte com duas faixas de rolamento em ambos os sentidos, que ligariam o Bairro Olhos D’Água, Região Oeste de BH na altura da MGC-356, à entrada da Mina de Águas Claras, próxima ao Bairro Jardim da Torre, em Nova Lima.
Outra ocupação proposta pela prefeitura novalimense é a criação de um parque no local, sob o argumento da criação de um espaço de lazer e conexão entre população e natureza. Atualmente, a área já é frequentada, sendo espaço para caminhadas, eios com animais, prática de rapel e até mesmo cenário para ensaios fotográficos, mas não conta com estruturas adequadas, como iluminação, manutenção e cercamento. A proposta prevê a criação de pistas para caminhada, ciclovia, parque para cachorros, mirantes, quadras e playground, bem como canteiros centrais arborizados e eios íveis ao longo da extensão.
“A participação da comunidade é essencial para garantir que o parque reflita os desejos e necessidades de quem vive e interage com a região. Mais do que um projeto de infraestrutura, estamos cocriando um espaço de convivência, preservação ambiental e mobilidade urbana”, afirmou a diretora-geral da Agência RMBH, Ilce Rocha.
O engenheiro Ubirajara Pires, presidente da Associação Amigos do Bairro Belvedere, tem expectativa que o debate sobre a proposta detalhe os possíveis impactos da obra na cidade e especialmente no Belvedere. Ubirajara espera que haja a exposição de estudos topográficos, do solo e dos impactos que as novas saídas para os veículos podem ter.
Solução maior
“O foco inicial e principal era a implantação do parque. Por óbvio, existe um problema que não é de agora, que é o assunto da mobilidade. Quanto a isso, a avenida do parque é um pedaço, uma parte de uma solução muito maior, que vai depender de mais estudos e projetos. Óbvio que isso está em evolução. O projeto é algo que a gente não para de fazer nunca. Os estudos já foram implementados no sentido de, se não resolver totalmente, mitigar os efeitos da ausência de mobilidade naquela região”, afirmou o secretário de Obras da Prefeitura de Nova Lima, Marcelo Henriques .
Quanto às questões ambientais, no site do Parque da Linha Férrea, é dito que a supressão de árvores só serão realizadas “quando absolutamente necessárias”, e que há o compromisso de plantar oito árvores nativas para cada árvore que for removida. Além disso, afirmam que “o nosso compromisso é aumentar essa cobertura vegetal, elevando os 5,36% atuais para, no mínimo, 60% após a implantação do Parque da Linha Férrea, promovendo a preservação ambiental e a biodiversidade na região.”
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Termo de acordo
Em 25 de junho do ano ado, foi assinado o Termo de Acordo Preliminar para a proteção ambiental, proteção do patrimônio histórico e compatibilização com soluções de mobilidade na área pertencente à União situadas entre os municípios de Belo Horizonte e Nova Lima. O acordo foi assinado por representantes do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Ministério Público Federal (MPF), União, Estado de Minas Gerais, municípios de Belo Horizonte e Nova Lima, Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte e Instituto Estadual de Florestas. O acordo deu aos municípios envolvidos a guarda temporária da área.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Humberto Santos