O que se sabe até agora sobre torta envenenada em padaria de BH
Três pessoas estão internadas em estado grave depois de comerem uma torta de frango de uma padaria em Belo Horizonte; veja o que se sabe até agora
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Siga noTrês pessoas foram internadas por suspeita de envenenamento depois de comerem uma torta de frango de uma padaria localizada no bairro Serrano, Região da Pampulha, em Belo Horizonte, na noite dessa terça-feira (22).
Confira o que se sabe até agora:
De acordo com o boletim de ocorrência, uma idosa de 78 anos foi internada em um hospital particular na Região de Venda Nova, em BH, e um casal (uma mulher de 23 anos e um homem de 24) foi internado em Sete Lagoas, na Região Central de Minas Gerais.
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Segundo a ocorrência, o casal estava na capital visitando a idosa na segunda (21) e compraram a torta no estabelecimento. Ao notarem que o alimento estava estragado, voltaram à padaria e devolveram a torta. Quando o casal retornou a Sete Lagoas, na madrugada de terça (22), procurou ajuda médica ao se sentir mal.
Eles foram levados para a unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde seguem seguem entubados. Já a idosa, ou mal na manhã de ontem e foi encaminhada a um hospital particular de BH, onde se encontra internada em estado grave.
A suspeita é de envenenamento por substâncias como carbamato, organofosforato ou toxina botulínica. A polícia isolou a padaria, acionou a perícia e a vigilância sanitária, e o proprietário foi conduzido para prestar esclarecimentos.
As investigações estão em andamento para apurar os fatos, incluindo a identificação de um padeiro não registrado que produzia os salgados.
Polícia acionada
A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) foi acionada e esteve na padaria na noite dessa terça. Os militares descobriram que os alimentos vendidos tinham sido fabricadas no último sábado (19) por um padeiro freelancer e estavam congeladas para aquecimento ou exposição.
Em seguida, a Polícia Civil (PCMG) deslocou uma equipe da perícia oficial e policiais ao local, onde foram realizados os primeiros levantamentos e a coleta de vestígios que vão ajudar na investigação. Uma amostra de produtos, que se encontravam expostos para venda, foi apreendida para exames periciais e a PCMG aguarda a conclusão dos laudos.
Os funcionários também disseram que as vítimas estiveram na padaria horas antes da chegada da polícia, afirmando que as tortas estavam azedas e que receberam o dinheiro de volta.
O proprietário da padaria afirmou que o padeiro em questão estava atuando como ajudante temporário por apenas seis dias, e que não tinha nenhuma informação sobre endereço, nem contato telefônico, sendo que seus pagamentos foram feitos em dinheiro vivo. Segundo o dono da padaria, um incêndio ocorrido dias antes danificou as câmeras de segurança, impossibilitando a obtenção de imagens do padeiro.
Em nota, a PCMG informou que o dono da padaria foi conduzido para ser ouvido por meio da Central Estadual do Plantão Digital. O padeiro, até o momento, não foi localizado. Outras informações poderão ser readas depois que os trabalhos de polícia judiciária sejam concluídos.
Interdição
A padaria foi interditada pela Vigilância Sanitária na manhã desta quarta-feira (23). De acordo com a Prefeitura de BH (PBH), a medida foi necessária porque o estabelecimento não tem Alvará Sanitário e nenhum cadastro no serviço para iniciar o processo para liberação do documento. Segundo o Executivo municipal, também foram encontradas irregularidades no que se refere a questões de higiene e estrutura sanitária.
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Em nota, a prefeitura informou que o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) da PBH foi notificado e monitora a situação. A Secretaria Municipal de Política Urbana informou que o Alvará de Localização e Funcionamento (ALF) da padaria está regular.