Ataque a Guaxupé: carros que teriam sido usados em roubo são encontrados
Polícia Civil recolheu projéteis que arão por exames de identificação de DNA para rastrear a origem das armas usadas na ação da madrugada desta terça (8)
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Siga noCinco veículos que teriam sido usados no ataque a uma agência bancária da Caixa Econômica Federal e a um quartel da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), em Guaxupé, no Sul de Minas, foram encontrados. Os carros estavam em uma estrada na área rural da cidade, próximo à divisa com o estado de São Paulo.
Um deles estava tombado e o outro estava atravessado na vegetação às margens da pista. A suspeita é que eles tenham sido utilizados nos ataques. De acordo com o delegado Marcos Pimenta, da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), os veículos estão sendo periciados a fim de descobrir provas que identifiquem os suspeitos. Em um primeiro momento, o agente afirma que não é possível saber o que foi roubado da agência.
“A princípio os caixas eletrônicos não tiveram maiores danos. |Entretanto, neste momento é prematuro saber o que foi retirado e a identidade dos indivíduos”, informou.
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Pouco depois do crime, a área foi isolada com o apoio da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) e da Polícia Federal (PF), para manter o local seguro e preservar todas as pistas que possam ajudar na investigação.
Durante os levantamentos iniciais da perícia, a Polícia Civil recolheu projéteis que arão por exames de identificação para rastrear a origem das armas. Veículos supostamente empregados na fuga dos criminosos já foram localizados e também serão periciados.
Investigadores especializados foram deslocados de Belo Horizonte para Guaxupé, em aeronave cedida pelo estado, com o objetivo de reforçar a perícia técnica no local. “A Polícia Civil de Minas Gerais permanece no local e manterá o isolamento pelo tempo necessário para garantir a elucidação dos fatos. O trabalho segue de forma integrada, com o compromisso firme de responsabilizar os envolvidos e garantir a segurança da população”, divulgou a corporação em nota.
O ataque
Uma agência da Caixa foi alvo de explosões enquanto a sede da Polícia Militar da cidade de Guaxupé também era atacada por integrantes da mesma quadrilha. A ação dos bandidos deixou os moradores apreensivos na madrugada de hoje. Vídeos em redes sociais mostram o momento do ataque. Segundo a Polícia Militar, os suspeitos chegaram em pelo menos cinco veículos e cercaram a área do banco.
Pelas imagens, também é possível ver pelo menos dois suspeitos com armamento pesado dando tiros para o alto na área da calçada. Ainda é possível ouvir explosões. Moradores da região relataram nas redes sociais momentos de pânico devido ao barulho dos disparos.
De acordo com a Polícia Militar (PM), os suspeitos usaram explosivos para invadir a agência bancária, localizada na Avenida Doutor João Carlos, no Centro da cidade, à 1h45. Ao mesmo tempo, outras pessoas dispararam contra o quartel da Polícia Militar e a base da Guarda Municipal de Guaxupé.
Um policial militar estava no quartel e ficou ferido em uma das mãos pelos estilhaços de vidro da entrada da sede. Os tiros também danificaram as paredes do local.
Até o momento, não há informações sobre o valor roubado da agência, mas segundo a Prefeitura de Guaxupé, houve apenas a tentativa de levar o cofre. A perícia da Polícia Federal é aguardada no local.
A PM informou que a busca pelos envolvidos no crime ocorre em uma atuação conjunta entre os policiais militares da 18ª Região de Polícia Militar, do Comando de Missões Especiais, por meio do BOPE, e do Comando de Aviação do Estado.
Ação do “Novo Cangaço”
Em comunicado oficial, o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, afirmou que, apesar de trazer preocupação, o ataque, entendido como parte do “Novo Cangaço”, é uma exceção. Isto porque, segundo ele, o número de crimes similares vem diminuindo em Minas Gerais.
“Nós temos reduzido gravemente esse tipo de ataque em Minas Gerais. Saímos de números que superavam 150 ataques por ano em 2018 para apenas quatro ocorrências no ano ado (2024). Nesse ano, essa é a primeira ocorrência”, afirmou.
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Segundo Simões, a frequência de ações com a gravidade do ataque registrado nesta madrugada é ainda menor. “Há quase dois anos que nós não tínhamos nenhuma ocorrência no estado, mas temos a sorte de não termos nenhuma vítima mais grave nesse atentado”, afirmou.