FEMINICÍDIO

Clara Maria: Justiça torna réus homens envolvidos na morte de jovem em BH

Thiago Schafer Sampaio, de 27 anos, e o colega dele, Lucas Rodrigues Pimentel, de 29, vão seguir presos preventivamente. Clara Maria foi morta em 9 de março

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O jovem Thiago Schafer Sampaio, de 27 anos, apontado como o responsável pelo enforcamento de Clara Maria Venancio Rodrigues, de 21, em Belo Horizonte, e o colega dele, Lucas Rodrigues Pimentel, de 29, que auxiliou na ocultação do corpo, tornaram-se réus após a Justiça aceitar a denúncia do Ministério Público. Ambos confessaram o envolvimento no crime. 

Na decisão assinada na última quinta-feira (3/4) pela juíza Ana Carolina Rauen Lopes de Souza também ficou determinada a manutenção da prisão preventiva dos réus, que, além dos crimes de homicídio e ocultação de cadáver, vão responder por furto qualificado, já que o aparelho celular da vítima teria ficado com os suspeitos.

A jovem foi encontrada morta na casa de Thiago, no Bairro Ouro Preto, na Região da Pampulha, em 12 de março. O assassinato aconteceu no dia 9 do mesmo mês, dia em que Clara desapareceu.

Na noite do crime, a jovem avisou ao namorado que iria se encontrar com o ex-colega de trabalho, Thiago, em frente a um supermercado na avenida Fleming e, depois, iria para casa. Como ela não retornou, o namorado e amigos em comum com Clara Maria iniciaram as buscas.

Thiago tinha uma dívida de R$ 400 com a vítima, contraída quando ambos trabalhavam juntos em uma padaria localizada no mesmo bairro onde o suspeito morava. No dia do desaparecimento, ele teria entrado em contato com Clara Maria e manifestado a intenção de pagar a dívida.

“Um detalhe importante é que essa dívida não estava sendo cobrada pela vítima, mas foi usada como desculpa para que o suspeito pudesse encontrá-la na noite do crime”, destacou o delegado Alexandre Oliveira da Fonseca em coletiva à imprensa na ocasião.

Inicialmente, Thiago afirmou que a intenção ao atrair Clara até a sua casa era subtrair valores da conta bancária dela, por meio do celular. No entanto, ele também declarou que ficou com ciúmes quando, dias antes do assassinato, viu a jovem acompanhada do namorado em uma cervejaria.

Thiago estava sozinho em casa quando foi preso. Os investigadores relataram que já era possível sentir um forte cheiro assim que se aproximaram do imóvel. Logo na entrada havia uma área de jardim com uma fina camada de cimento aplicada recentemente. A estrutura foi removida com facilidade, e parte do corpo de Clara apareceu. O suspeito recebeu voz de prisão naquele momento.

Lucas Rodrigues Pimentel também foi preso em casa, em Santa Luzia, na Grande BH. Ele trabalhava na mesma avenida em que fica a padaria onde Clara era auxiliar de cozinha. Foi nesse estabelecimento — localizado no mesmo bairro (Ouro Preto) onde o corpo dela foi encontrado — que ela e Thiago se conheceram.

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Lucas confessou, segundo a Polícia Civil, que nutria ódio pela jovem depois de ter sido repreendido por ela em público após fazer apologia ao nazismo. Depois, teria itido a amigos que queria ver a jovem morta.

Procurada pela reportagem, a defesa de Thiago Schafer Sampaio não se pronunciou. Já o advogado de Lucas Rodrigues Pimentel, Tulio Lima, avaliou que a "denúncia está baseada em uma investigação policial um tanto quanto hesitante". 

"A presunção de inocência, por mais que possa parecer afastada da realidade nesse momento, não pode ser apenas utópica. A defesa demonstrará, no fluir do processo, que a dinâmica e as circunstâncias do caso são díspares em relação ao propugnado pela autoridade policial — a começar pelas narrativas oriundas dos próprios investigados, que, além de estarem órfãos de defesa naquele tempo, são dissociadas da verdade.
Assim, a defesa aguarda a citação do acusado para que possa apresentar suas razões incipientes no processo. Por outro lado, lembramos que o acusado é pai de cinco filhos e sua vida anteácta não evidencia uma mácula sequer", declarou, em nota. 

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