Carnaval BH: kit para fazer xixi em pé e leque são sucesso na folia
Ambulante Silvia Tolentino, de 46 anos, conta que tem vendido cerca de 100 kits por dia e defende que item se tornou 'uma questão de saúde pública'
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Siga noAlém da cerveja e dos drinks enlatados, muitos ambulantes do Carnaval de BH investem em outros produtos para conquistar os clientes e aumentar as vendas. Entre as opções estão os leques e itens de utilidade, como desodorante e papel higiênico. Este ano, uma novidade vista em diversos blocos foi a venda de kits para que mulheres e homens trans pudessem urinar em pé - e evitar se expor nos banheiros químicos.
A ambulante Silvia Tolentino, de 46 anos, trabalha com um leque de produtos no seu bojo, mas o carro-chefe tem sido o chamado 'kit urinol feminino'. O objeto, de formato semelhante a um cone, possui uma entrada larga e um canal que termina numa saída mais fina - o que ajuda a não errar o vaso. Para chamar a atenção dos clientes, a vendedora anda nos blocos com um microfone branco anunciando o "kit para xixi em pé". "É questão de saúde pública. É fundamental ter hoje para se proteger", defende.
São duas opções oferecidas para o público: o pacote completo com um urinol reutilizável, feito de silicone, e lenço umedecido, vendido a R$ 25, e uma versão mais econômica, descartável, e que custa R$ 10. "Está vendendo bastante. Depende do público. Geralmente quem compra são mulheres a partir dos 30 anos", detalha a ambulante.
A ambulante Silvia Tolentino anuncia o produto com um megafone, na qual grita o produto para fazer 'xixi em pé'
Segundo Silvia, ela teve que comprar os produtos com antecedência para não correr o risco de ficar sem vender. Esta foi a primeira vez que atuou como ambulante no carnaval e, já no primeiro ano, conta que vendeu cerca de 300 kits durante a folia - cerca de 100 unidades por dia. "Com certeza vou voltar ano que vem para vender", explica.
Diversificar as vendas
Com o calor do carnaval no centro de Belo Horizonte, outro produto que se destacou entre os ambulantes foram os leques. O ório, além de refrescar, também é usado para compor o estilo, com estampas e cores. A "febre" do objeto, no entanto, acabou esgotando o ório rapidamente nos comércios e fazendo ambulantes correrem para reabastecer seus estoques.
Diante da alta demanda, Anderson Batista resolveu montar uma barraca para vender apenas leques para atender a procura. "As vendas estão maravilhosas, nunca mais paro de vendê-los. É muito gostoso", disse.
A ambulante Patrícia Neri também é veterana no Carnaval de BH. Ela aproveitou o embalo e inseriu o leque no catálogo de órios para vender em 2025. "Está saindo bastante, o pessoal está gostando muito, principalmente de fazer o barulhinho de abrir e fechar, mais até do que o próprio 'abanar'", comenta.
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