Na última sexta-feira (14/2), um homem de 57 anos morreu em casa no bairro São Geraldo, em Juiz de Fora, na Zona da Mata. Segundo o boletim de ocorrência, a vítima tinha sido espancada e torturada na noite anterior. Ao chegar em casa, a esposa viu o marido todo machucado e sugeriu que eles fossem ao hospital. O homem negou. Ao acordar, a esposa percebeu que o marido tinha morrido.

De acordo com os policiais, a vítima tinha sido acusada de importunar sexualmente uma vizinha, ao ar a mão nas nádegas dela. Ela teria, então, batido nele e estimulado que outras pessoas o agredissem.

Segundo registro policial, além da mulher que acusou a vítima, dois homens e um adolescente também agrediram a vítima. Um dos homens e o jovem são filhos da mulher. Todos foram presos em flagrante pela Polícia Militar.



Em audiência de custódia, os quatro foram libertados pelo juiz Orfeu Sérgio Ferreira Filho. Na justificativa da decisão, o magistrado disse que a causa mortis da vítima não foi esclarecida e que os presos são réus primários, tendo direito de estar em liberdade.

"Tal é dito em virtude da inexistência, ainda, do levantamento de causa mortis da vítima. Neste cenário, persistem inúmeras questões a serem desvendadas, notadamente em se tratando de viventes no mesmo condomínio residencial. Os autuados não ostentam antecedentes criminais", escreveu o juiz.

Eles foram liberados, mas precisam cumprir algumas obrigações, como proibição de deixar a cidade, ficar à noite em casa, não frequentar festas e não ter contato com a família da vítima.

O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil.

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