BH: diretora de escola pede sinalização após segundo acidente em 4 meses
Nesta quinta-feira (20/2), uma van colidiu com muro da escola, e quatro crianças ficaram feridas e foram encaminhadas a hospitais
compartilhe
Siga no"É a segunda vez que isso acontece, é preciso uma mudança para que haja segurança". É o que diz a diretora do Movimento de Promoção Social (MOPS), Keila Jaqueline Silva Ciríaco. O centro de educação infantil, localizado no Bairro Mariano de Abreu, na Região Leste de Belo Horizonte, foi atingido por uma van escolar duas vezes em menos de quatro meses, sendo uma em novembro do ano ado, e a outra, nesta quinta-feira (20/2).
No acidente mais recente, uma van perdeu o freio e colidiu com o muro da escola. Havia 17 crianças de outras instituições, de idades entre 9 e 14 anos, dentro do veículo no momento do acidente. Segundo a diretora, todas são acolhidas na creche infantil. Três delas tiveram leves arranhões e foram levadas para o Hospital São Camilo, e uma sofreu um corte e foi encaminhada para a UPA Leste.
Ao Estado de Minas, Keila relembra o ocorrido em novembro, quando uma van, sem ageiros, perdeu o controle e colidiu com o portão. "Para não perder totalmente a direção do veículo na rua, que é um declive, o motorista jogou a van em direção à creche. O portão foi destruído", conta.
Leia Mais
Ela diz que o primeiro episódio aconteceu após o horário escolar, mas o desta quinta ocorreu durante horário de aula. "Eu atendo 217 crianças, de 0 a 5 anos, em horário integral. Os pequenos brincam no pátio. Acredito que precisa ser avaliada a proposta de uma sinalização na rua, por questão de segurança", afirma.
A diretora destaca ainda que o trânsito no local é intenso. "Recebo, em média, de sete a oito vans de empresas diferentes durante os horários de entrega e retirada. Se acontecer o mesmo problema novamente, o alvo é a escola. Para evitar que um carro perca o controle, um motorista desce rua abaixo e direciona ao muro da escola. Aí pode acontecer uma tragédia", afirma.
Medo
Keila Silva ainda expõe o medo e a insegurança de alunos e funcionários. "Estamos com medo agora. Nenhum dos funcionários quer deixar os carros na porta. Somos uma área de escape na hora da emergência, mas esse escape pode colocar em risco 217 crianças", ressalta ela.
A diretora pede que seja feita uma sinalização ou alteração na direção da rua para resolver o problema. "Já solicitamos apoio à prefeitura, mas o pedido foi negado com a justificativa de que o fluxo de veículos aqui é baixo. É importante ter um olhar para essa área a fim de evitar mais acidentes", reitera.
Siga nosso canal no WhatsApp e receba as notícias relevantes para o seu dia
Procurada pelo Estado de Minas, a BHTrans informou que a Rua Arapari é uma via de trânsito local e tem preferência de circulação. "Nas proximidades do Centro Infantil, ela é contemplada com sinalizações de regulamentação de velocidade máxima para o local de 30 km/h, de advertência para área escolar e de presença de pedestres na via. Em frente à entrada da escola, há uma faixa de travessia segura para os alunos. Além disso, em todos os cruzamentos próximos com as ruas perpendiculares, há placas de Parada Obrigatória, o que determina a adoção de normas de segurança para adentrar na rua", diz em nota.
A empresa de transportes também comunicou que elaborou um projeto de manutenção e revitalização das sinalizações verticais (placas) e horizontais (pinturas no solo) existentes, em função de desgaste pelo trânsito de veículos e a ação do tempo. O projeto foi inserido em uma lista de programação de implantações de sinalizações na cidade.
"Contudo, é necessário frisar que as sinalizações cumprem sua função de regulamentar, organizar e ordenar a circulação viária, mas é imprescindível que todos os motoristas respeitem as leis de trânsito e as sinalizações implantadas para evitar acidentes e garantir a segurança para todos", conclui a BHTrans.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata