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MINERAÇÃO

Retirada de rejeitos de diques em Itabira deve ser concluída em dezembro

As obras no Dique 1B, na Mina Conceição, começaram neste mês. Do total de dez barragens na cidade, seis estruturas já foram descaracterizadas

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O processo de descaracterização de dois diques - 1B e 1A - da Mina de Conceição, em Itabira, na Região Central de Minas, está previsto para ser concluído em dezembro deste ano. As obras de eliminação de rejeitos na 1B começaram neste mês e as do 1A em junho do ano ado.

Do total de dez barragens, que a Vale tem na cidade, seis já tiveram suas obras concluídas: os diques 2, 3, 4 e 5 do Sistema Pontal; a barragem Ipoema, na Mina do Meio, e o Dique Rio do Peixe. Todas fazem parte do Programa de Descaracterização da companhia, que consiste em retirar o rejeito presente nelas.

O processo de descaracterização das barragens e outras estruturas a montante, como os diques, foi um compromisso assumido pela empresa após o rompimento da Barragem de Córrego do Feijão, em Brumadinho, há cinco anos. O objetivo é garantir a segurança das pessoas e de suas operações, além de um trabalho permanente de não repetição.

Todas as estruturas a montante da mineradora estão inativas e são monitoradas 24h por dia pelos Centros de Monitoramento Geotécnico (CMGs).

Estruturas de Contenção

Além da retirada dos rejeitos, outra medida para a eliminação das barragens no município é a construção de duas Estruturas de Contenção a Jusante (ECJs). Elas vão possibilitar dar continuidade à descaracterização de barragens no sistema Pontal. A ECJ Coqueirinho já está pronta e agora começam as obras de uma segunda estrutura próxima aos diques Minervino e Cordão Nova Vista. A nova estrutura é uma medida preventiva para reforçar a segurança da comunidade do Bairro Bela Vista durante a retirada dos rejeitos dos dois diques.

Filtragem de rejeitos

A filtragem de rejeitos é uma tecnologia usada para substituir o uso de barragens na operação. Ela é usada no processamento a úmido de rejeitos de minério de ferro. O material sólido é depositado em pilhas, o que torna o processo operacional mais seguro e reduz a dependência de barragens.

Duas das quatro usinas de filtragem da empresa estão em Itabira. Elas foram instaladas nas minas de Conceição e Cauê, e, juntas, têm capacidade para filtrar 80% do rejeito gerado nas operações, o que equivale a 36 milhões de toneladas de rejeitos por ano, em média. Já a água retirada no processo de filtragem volta para a operação nas usinas.

“Vemos aqui hoje tudo de avanço que a gente tem em termos de ciência, tecnologia e engenharia. O empilhamento de rejeito hoje precisa ser dissociado das barragens. O fato de estarmos empilhando rejeitos já é um avanço em termos de redução de riscos. É um processo seguro, garantimos o controle tecnológico de todo o material que está sendo empilhado aqui, além do controle de estabilidade global dessa estrutura”, afirma Miguel Paganin, gerente geral de Geotecnia e Hidrogeotecnia.

Ele explica que é feito um controle de toda a água que está contida na estrutura onde os rejeitos são depositados. "Do ponto de vista geotécnico, tem todo um processo de monitoramento e inspeção dessas estruturas para reduzir a ocorrência de erosões e pequenas instabilidades".

Paganin destaca que todas as faces da estrutura onde o rejeito é depositado são protegidas por uma camada espessa de material rochoso, o que evita que a água infiltre. Com isso, o gerente afirma que a possibilidade de colapso dessas estruturas é mínima. "Mas a susceptibilidade de ocorrência nessa estrutura é a mesma de qualquer outra diferente do empilhamento de rejeito."

A Vale informou que planeja investir US$ 2,2 bilhões em novos processos operacionais, incluindo sistemas de filtragem de rejeitos, de 2019 a 2027.

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