Durante os meses mais frios do ano, é comum notar alterações na textura e aparência da pele. O inverno traz consigo uma série de desafios para a saúde cutânea, principalmente devido à redução da umidade do ar e ao uso frequente de aquecedores. Esses fatores, aliados à exposição ao vento gelado, contribuem para o ressecamento e desconforto em diversas regiões do corpo. Em cidades como São Paulo ou Curitiba, onde as temperaturas despencam, as consequências podem ser ainda mais perceptíveis no cotidiano.
O ressecamento da pele, conhecido também como pele seca, pode afetar pessoas de todas as idades. Os sintomas costumam se manifestar de maneira mais intensa em áreas expostas, como rosto, mãos e pernas. Além do aspecto áspero, a pele pode apresentar descamação, coceira e até mesmo pequenas fissuras, tornando-se mais sensível durante o inverno.
Quais são as principais causas da pele seca no inverno?
A queda da umidade relativa do ar é um dos principais fatores que levam ao ressecamento cutâneo nos meses frios. Ambientes internos aquecidos também contribuem para a diminuição da hidratação natural da pele, já que o calor artificial retira ainda mais água do ambiente. O contato frequente com água quente durante banhos prolongados pode agravar o quadro, pois remove os óleos protetores da superfície cutânea.
Além disso, a exposição ao vento frio pode comprometer a barreira protetora da pele, facilitando a perda de água e tornando-a mais vulnerável a irritações. Pessoas com predisposição genética ou condições dermatológicas, como dermatite atópica, tendem a perceber os sintomas de pele seca de forma mais acentuada durante o inverno. Em alguns locais do Brasil, como no sul do país, onde o inverno pode ser rigoroso, esse quadro se torna ainda mais recorrente.
Como identificar os sinais de pele seca?
Os sinais mais comuns de pele seca incluem sensação de repuxamento, aspereza ao toque e descamação visível. Em casos mais avançados, podem surgir rachaduras e vermelhidão, especialmente em áreas como cotovelos, joelhos e calcanhares. A coceira é outro sintoma frequente, podendo levar a lesões secundárias se houver escoriações devido ao ato de coçar.
- Textura áspera: A pele perde o aspecto macio e pode apresentar pequenas escamas.
- Descamação: Pequenos fragmentos de pele podem se soltar, principalmente após o banho.
- Vermelhidão: Áreas afetadas podem ficar avermelhadas devido à irritação.
- Rachaduras: Em situações mais graves, podem surgir fissuras dolorosas.
Quais cuidados ajudam a prevenir a pele seca no frio?
Adotar uma rotina de cuidados específicos é fundamental para manter a pele saudável durante o inverno. O uso regular de hidratantes é uma das principais recomendações. Produtos que contenham ingredientes como glicerina, ácido hialurônico, ceramidas e manteiga de karité ajudam a reter a umidade e fortalecer a barreira cutânea.
- Hidratação diária: Aplicar hidratante logo após o banho potencializa a absorção.
- Evitar banhos quentes e demorados: Prefira água morna para não remover os óleos naturais da pele.
- Utilizar umidificadores: Manter o ambiente com umidade adequada reduz o ressecamento. Dispositivos como o Umidificador Electrolux são exemplos de aparelhos que auxiliam no controle da umidade do ar.
- Roupas adequadas: Optar por tecidos naturais, como algodão, que permitem a respiração da pele.
- Protetor solar: Mesmo em dias nublados, a proteção contra raios UV é importante. Marcas como Eucerin e La Roche-Posay oferecem opções com fórmulas específicas para o inverno, protegendo e hidratando.

De que forma a alimentação influencia na hidratação da pele?
A ingestão de líquidos e uma alimentação equilibrada desempenham papel essencial na manutenção da hidratação cutânea. Alimentos ricos em ácidos graxos essenciais, como peixes, sementes e nozes, contribuem para a integridade da barreira da pele. Frutas e vegetais com alto teor de água, como melancia e pepino, também auxiliam na hidratação de dentro para fora.
Além disso, manter o consumo adequado de água ao longo do dia é fundamental para garantir que o organismo funcione corretamente e que a pele permaneça viçosa, mesmo durante o inverno. Vitaminas e antioxidantes presentes em alimentos naturais ajudam a proteger as células cutâneas contra agressões externas. Nutricionistas de centros respeitados, como o Hospital Albert Einstein em São Paulo, recomendam a ingestão balanceada de alimentos ricos em ômega-3 e vitamina E para potencializar ainda mais a saúde da pele.
O que pode ser feito para tratar a pele já ressecada?
Quando a pele já apresenta sinais de ressecamento intenso, algumas estratégias podem ser adotadas para promover a recuperação. O uso de cremes mais espessos, especialmente à base de ceramidas e manteigas vegetais, pode acelerar o processo de restauração da barreira cutânea. Para áreas como mãos e pés, a aplicação de uma camada generosa de hidratante seguida do uso de luvas ou meias durante a noite potencializa a absorção dos ativos. Produtos específicos, como o Cicaplast Baume B5 da La Roche-Posay, são indicados por dermatologistas para alívio rápido e intensa hidratação dessas áreas críticas.
Evitar produtos que contenham álcool ou fragrâncias fortes também é recomendado, pois esses componentes podem irritar ainda mais a pele sensível. Em casos persistentes ou com presença de lesões, a orientação de um dermatologista é importante para definir o tratamento mais adequado.
Manter uma rotina de cuidados durante o inverno é essencial para preservar a saúde e o conforto da pele. A atenção a pequenos detalhes no dia a dia pode fazer diferença significativa na prevenção e no tratamento do ressecamento cutâneo, garantindo uma pele mais protegida e equilibrada ao longo da estação fria.