Minas Gerais enfrenta um cenário preocupante em relação à disponibilidade de vacinas, conforme levantamento realizado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Dos 241 municípios mineiros que participaram da pesquisa, 124 relataram a falta de algum tipo de imunizante, representando 51% do total. A situação é especialmente crítica na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde há relatos de estoques zerados, principalmente da vacina contra varicela.
Além da varicela, há escassez de vacinas contra a Covid-19 e a tetravalente em várias cidades. A pesquisa da CNM indica que pelo menos 108 municípios estão sem doses da vacina contra varicela. No entanto, esse número pode ser maior, já que apenas 33% dos 853 municípios do estado responderam à pesquisa. A falta de vacinas é um problema que afeta não apenas Minas Gerais, mas também outras regiões do Brasil.
Quais vacinas são mais afetadas pela escassez?
Entre abril e maio, a vacina contra varicela liderou o ranking de imunizantes em falta nos municípios brasileiros. O Ministério da Saúde foi questionado sobre a situação, mas ainda não forneceu uma resposta. O governo de Minas Gerais atribui a escassez ao fornecimento irregular por parte do Ministério da Saúde, embora esteja tentando compensar a falta com a vacina tetraviral, que também protege contra a varicela.
O estudo revela que 26% dos municípios mineiros estão sem vacinas contra Covid-19 para crianças, enquanto 25% não têm doses para adultos. Essa situação afeta diretamente pessoas como a nutricionista Júlia Figueiredo, que, sendo imunossuprimida, depende de vacinas para se proteger. Ela relatou dificuldades em encontrar a vacina contra Covid-19 em Belo Horizonte, o que é preocupante para grupos vulneráveis.

Como a escassez de vacinas impacta a população?
A falta de vacinas tem gerado preocupação entre os moradores de Minas Gerais. A Prefeitura de Belo Horizonte afirma que não há falta de imunizantes nos centros de saúde, mas que algumas vacinas estão disponíveis apenas em unidades específicas. O professor Alan Corrêa, residente em Contagem, também enfrenta dificuldades para encontrar a vacina contra Covid-19 para ele e sua mãe idosa, o que gera insegurança.
Esses relatos destacam a importância de uma distribuição eficiente de vacinas para garantir a proteção da população, especialmente dos grupos mais vulneráveis. A escassez de imunizantes pode comprometer a saúde pública e aumentar o risco de surtos de doenças evitáveis.
Quais são as soluções para melhorar a distribuição de vacinas?
Para enfrentar a escassez de vacinas, é crucial que haja uma melhor coordenação entre os governos federal, estadual e municipal. Isso inclui garantir um fornecimento regular de imunizantes e melhorar a logística de distribuição para alcançar todas as regiões, especialmente as mais remotas. Além disso, é importante que as autoridades de saúde mantenham a população informada sobre a disponibilidade de vacinas e as unidades onde estão disponíveis.
Investir em campanhas de conscientização sobre a importância da vacinação também é essencial para aumentar a adesão e garantir que as vacinas cheguem a quem mais precisa. A colaboração entre diferentes níveis de governo e a sociedade civil pode ajudar a superar os desafios atuais e garantir que todos tenham o às vacinas necessárias para proteger sua saúde.