Recentemente, um importante o foi dado na cooperação espacial internacional com a de um memorando entre a agência espacial russa Roscosmos e a istração Espacial Nacional da China (CNSA). Este acordo visa fortalecer a colaboração entre as duas nações na exploração lunar, através do projeto Estação Internacional de Pesquisa Lunar (ILRS). A iniciativa busca estabelecer uma base de pesquisa científica na Lua, destacando-se como uma potencial concorrente do programa Artemis da NASA.
O projeto Artemis, liderado pelos Estados Unidos, prevê a construção de uma estação espacial lunar orbital chamada Gateway, com início previsto para 2027. Além dos EUA, outros 55 países, incluindo a Agência Espacial Europeia (ESA), estão envolvidos. Em contrapartida, a ILRS já conta com a participação de mais de uma dezena de parceiros internacionais, demonstrando a crescente influência da China e da Rússia no cenário espacial global.
O que é a Estação Internacional de Pesquisa Lunar?
A Estação Internacional de Pesquisa Lunar (ILRS) é um projeto ambicioso que visa estabelecer uma base de pesquisa científica na Lua, localizada a aproximadamente 100 quilômetros do polo sul lunar. A base contará com operações autônomas de longo prazo e missões tripuladas de curto prazo. Anunciado pela primeira vez em 2017, o projeto envolve países como Paquistão, Venezuela, Belarus, Azerbaijão, África do Sul, Egito, Nicarágua, Tailândia, Sérvia, Senegal e Cazaquistão.
Além de ser um centro de pesquisa científica, a ILRS também atrai interesse devido aos recursos naturais da Lua. O satélite possui óxidos metálicos valiosos, regolito (solo lunar), terras raras e possivelmente quantidades significativas de hélio-3, um potencial combustível para energia de fusão nuclear. A China pretende convidar 50 países, 500 instituições internacionais de pesquisa científica e 5.000 pesquisadores estrangeiros para se juntarem à ILRS como parte de seu Projeto 555.

China vai liderar a futura exploração espacial?
A ILRS é parte de uma estratégia da China para se tornar líder em exploração espacial e pesquisa científica. As primeiras peças da base lunar serão instaladas pela missão chinesa Chang’e-8 em 2028, que também marcará a primeira tentativa do país asiático de pousar um astronauta na superfície lunar. Desde 2013, a China tem enviado veículos não tripulados à Lua, liderando missões que mapearam a superfície do satélite, incluindo o “lado escuro da Lua”.
Em junho de 2024, a China se destacou ao se tornar o primeiro país a coletar rochas do lado escuro da Lua. Esta missão foi amplamente celebrada, sendo descrita pela agência de notícias estatal Xinhua como “um feito sem precedentes na história da exploração lunar humana”. Este avanço destaca a crescente capacidade da China em realizar missões complexas e inovadoras no espaço.
Quais são os desafios e oportunidades da exploração lunar?
A exploração lunar apresenta uma série de desafios e oportunidades para as nações envolvidas. Entre os desafios, estão as dificuldades técnicas de pousar e operar em um ambiente lunar hostil, além da necessidade de desenvolver tecnologias avançadas para ar missões de longa duração. No entanto, as oportunidades são igualmente significativas, incluindo a possibilidade de ar recursos valiosos e expandir o conhecimento científico sobre a Lua e o espaço.
Com a crescente cooperação internacional e o avanço das tecnologias espaciais, a exploração lunar está se tornando uma área de grande interesse para muitas nações. A competição e a colaboração entre programas como o Artemis e a ILRS podem acelerar o desenvolvimento de novas tecnologias e abrir caminho para uma nova era de exploração espacial, beneficiando toda a humanidade.