O infectologista Dr. Ricardo Kores (CRM-MG 68.924 / RQE 58.891) utiliza suas redes sociais para conscientizar sobre os riscos de infecções transmitidas pelo beijo, especialmente em ambientes festivos e aglomerações. Segundo ele, práticas como beijar várias pessoas em sequência e compartilhar copos em festas e baladas aumentam significativamente o risco de contrair doenças como herpes, mononucleose e sífilis.
Em uma de suas publicações no Instagram, Dr. Kores destaca que o beijo, embora seja uma demonstração de afeto, pode ser uma via de transmissão para diversas infecções, especialmente quando há múltiplos parceiros em um curto período. Ele enfatiza a importância de estar ciente dos riscos e adotar medidas preventivas para proteger a saúde.
Como as infecções são transmitidas pelo beijo e como se prevenir
O beijo pode transmitir várias infecções devido ao contato direto com a saliva e mucosas. Entre as doenças mais comuns estão:
- Herpes simples tipo 1 (HSV-1): Causa lesões dolorosas nos lábios e boca.
- Mononucleose infecciosa: Conhecida como “doença do beijo”, é causada pelo vírus Epstein-Barr e provoca febre, dor de garganta e fadiga.
- Sífilis: Infecção bacteriana que pode ser transmitida por meio de feridas presentes na boca.
Para prevenir essas infecções, Dr. Kores recomenda:
- Evitar beijar múltiplas pessoas em sequência, especialmente em festas e eventos com grande aglomeração.
- Não compartilhar copos, garrafas ou utensílios que possam estar contaminados com saliva.
- Manter uma boa higiene bucal e estar atento a qualquer lesão ou ferida na boca.
- Procurar atendimento médico ao apresentar sintomas como feridas na boca, febre persistente ou dor de garganta intensa.
A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) reforça que a conscientização sobre as formas de transmissão e a adoção de medidas preventivas são essenciais para reduzir a incidência dessas infecções. O Ministério da Saúde também destaca a importância da saúde bucal na prevenção de doenças transmissíveis.
Quais sintomas merecem atenção após uma exposição?
Após beijos em festas, principalmente se houve múltiplos contatos, é importante observar sinais como:
- Feridas ou bolhas na boca
- Gânglios inchados no pescoço
- Febre persistente ou mal-estar por mais de 48 horas
- Dores na garganta sem causa respiratória aparente
- Cansaço excessivo e dor muscular
Dr. Kores recomenda que, diante desses sintomas, a pessoa procure um infectologista ou unidade de saúde para avaliação. Muitas dessas infecções têm tratamento simples — desde que identificadas precocemente.
Como abordar o tema com naturalidade e consciência
O especialista ainda reforça que não se trata de demonizar o beijo, mas sim de promover consciência sanitária. “Ninguém precisa parar de beijar, mas entender que a prevenção também começa pela boca é um o importante”, pontua.
Falar sobre esse tipo de cuidado em casa, nas escolas e com amigos é uma maneira eficaz de evitar a propagação silenciosa de doenças comuns — e ajudar a desmistificar o estigma de que cuidados com saúde bucal se limitam à estética.