A inclusão digital dos idosos representa um avanço significativo, mas também traz novos desafios. À medida que mais pessoas da terceira idade se conectam à internet, elas se tornam alvos potenciais de crimes cibernéticos, como fraudes financeiras e vazamento de dados. A falta de familiaridade com a tecnologia e a confiança excessiva são fatores que aumentam a vulnerabilidade desse grupo.
Especialistas em segurança cibernética, como Maurício Estewans, destacam que os idosos muitas vezes não conseguem identificar links falsos ou mensagens suspeitas. Além disso, o isolamento social pode ser explorado por golpistas que se am por instituições ou familiares para ganhar a confiança das vítimas.
Quais são as principais ameaças digitais para os idosos?
O phishing é uma das ameaças mais comuns enfrentadas pelos idosos. Trata-se de mensagens fraudulentas que se am por instituições confiáveis, solicitando informações pessoais. Esses golpes podem ocorrer por e-mail, SMS ou redes sociais. Outro risco significativo são os falsos técnicos de informática, que tentam vender serviços desnecessários ou instalar programas maliciosos nos dispositivos das vítimas.
Além disso, existem os golpes românticos, onde perfis falsos em redes sociais ou aplicativos de namoro pedem dinheiro após estabelecerem um relacionamento online com a vítima. Esses esquemas exploram a solidão e a busca por companhia, tornando os idosos alvos fáceis.

Como proteger os idosos de ameaças digitais?
Para proteger os idosos, é fundamental educá-los sobre os golpes mais comuns. Mostrar exemplos de e-mails e mensagens falsas pode ajudar a aumentar a conscientização. Além disso, é importante configurar senhas fortes e utilizar gerenciadores de senhas para armazená-las de forma segura.
- Ativar a autenticação de dois fatores: Utilizar métodos simples, como SMS, para adicionar uma camada extra de segurança.
- Instalar antivírus e bloqueadores de anúncios: Ferramentas como Windows Defender e uBlock Origin podem ajudar a bloquear ameaças.
- Limitar o compartilhamento de informações pessoais: Ajustar as configurações de privacidade em redes sociais e evitar divulgar dados sensíveis.
- Monitorar transações financeiras: Configurar alertas bancários e revisar extratos regularmente para identificar atividades suspeitas.
- Manter dispositivos atualizados: Ativar atualizações automáticas e remover programas não utilizados.
O que fazer se um idoso for vítima de um golpe?
Se um idoso for vítima de um golpe, é crucial manter a calma e tomar medidas imediatas. Desconectar o dispositivo da internet, alterar senhas e denunciar o ocorrido são os essenciais. Plataformas como Reclame Aqui e Procon podem ser úteis para relatar fraudes.
Para convencer os idosos a adotarem práticas mais seguras, é possível usar analogias simples, como comparar links suspeitos a “estranhos batendo na porta de casa”. Além disso, cursos de inclusão digital e o uso de dispositivos simplificados podem facilitar a adaptação ao mundo digital.