A entrada do Homem-Aranha no universo da Marvel parecia impossível por anos. Com os direitos do personagem em mãos da Sony desde os anos 90, após uma grave crise da Marvel, o personagem se tornou ícone em outras franquias. Mas pouca gente sabe que a parceria com a Marvel quase aconteceu antes, com Andrew Garfield. Após o fracasso de bilheteria de A ameaça de Electro, os planos ruíram. A situação só mudou em 2015, com o vazamento de e-mails da Sony. Foi aí que nasceu o acordo com a Marvel, selado sob uma condição: um novo ator.
Asa Butterfield era o favorito e quase confirmou sua escalação sozinho
Muita gente acredita que Tom Holland foi a primeira opção, mas Asa Butterfield, de Sex education, estava quase confirmado no papel. Ele chegou a responder perguntas sobre isso no Reddit, o que causou desconforto interno. A Marvel desistiu dele por considerar a atitude precipitada. A escolha, então, recaiu sobre Tom Holland, jovem, talentoso e com potencial para crescer junto com o público. Ele brilhou logo em sua estreia em Capitão América guerra civil, mas enfrentou críticas pelo traje em CGI.
Um elenco promissor escondido sob uma direção sem personalidade
Com promessas de um clima à la John Hughes, o trailer do filme agradou. Michael Keaton foi escalado como o vilão Abutre, alimentando a expectativa de uma aventura mais urbana. Porém, Jon Watts, diretor com pouca expressão na época, teve dificuldade em impor sua visão. Resultado: um filme sem identidade própria, marcado por decisões de estúdio. O foco na relação com Tony Stark diminuiu o brilho individual do herói.

A cena do carro é uma das mais tensas do mcu até hoje
Apesar das críticas, alguns momentos brilham. O confronto entre Peter Parker e o Abutre no carro é um dos mais elogiados de todo o universo Marvel. A tensão é palpável, e o roteiro acerta em cheio ao revelar a identidade do herói de forma inesperada. É nesse estilo mais contido e emocional que o filme realmente funciona.
Um filme entre o vazio visual e o potencial desperdiçado
Homem-Aranha de volta ao lar tenta ser grandioso, mas peca pela falta de profundidade. O excesso de CGI, a ausência de uma direção marcante e o foco em ligações com o mcu enfraquecem a jornada de Peter Parker. Apesar disso, Tom Holland cresceu com o personagem, e as continuações conseguiram desenvolver melhor o herói. A promessa de uma nova trilogia pode, enfim, entregar o Aranha que os fãs tanto esperam.