Com o advento de novas tecnologias, o mundo vem sendo moldado por gerações que crescem e se desenvolvem em cenários cada vez mais digitais e interativos. Espera-se que a partir de 2025, uma nova geração, intitulada “beta”, comece a ganhar destaque. Este grupo, que nascerá entre 2025 e 2039, promete revolucionar a maneira como a sociedade percebe e interage com as tecnologias.
Prevê-se que a geração beta represente cerca de 16% da população mundial até 2035, segundo classificações de estudos geracionais. Com uma proximidade maior à inteligência artificial (IA) e à realidade virtual (VR), esta geração estará imersa em um mundo que os atuais “milênios” e “geração Z” apenas começam a vislumbrar.
Como a inteligência artificial vai moldar a geração beta?
Os integrantes da geração beta estarão inseridos em um contexto onde a inteligência artificial e automação não serão mais uma novidade, mas sim uma parte integral do cotidiano. De acordo com especialistas, esses indivíduos terão suas vidas diárias regulamentadas por tecnologias como transporte autônomo, dispositivos “vestíveis” inteligentes e ambientes virtuais imersivos.
A consultora Fran Winandy observa que a geração beta, diferentemente da geração alfa (nascida entre 2010 e 2024), não apenas testemunhará o desenvolvimento dessas tecnologias, mas também viverá plenamente suas funcionalidades. Desde a educação até o entretenimento, a interação com essas ferramentas será natural e cotidiana, redefinindo atividades básicas e profissionais.

Quais os desafios e oportunidades para a geração beta?
Com o envelhecimento populacional e a queda nas taxas de natalidade, a geração beta enfrentará novos desafios, particularmente no mercado de trabalho. Será uma geração menor em número comparada às anteriores, o que poderá gerar efeitos em dinâmicas sociais e econômicas. Contudo, essa transformação proporciona uma chance única de enfatizar valores como sustentabilidade e diversidade.
Conforme o professor Roberto Kanter, da Fundação Getulio Vargas, a preocupação com a diversidade e a sustentabilidade não será mera retórica. Será um imperativo para a sobrevivência e prosperidade. As marcas e empregadores que se adaptarem rapidamente a esta mentalidade terão maiores chances de sucesso na economia do futuro.
Qual o futuro do consumo para a geração beta?
A geração beta deverá também modificar o padrão de consumo vigente. A busca não será apenas por produtos ou serviços isolados, mas sim por experiências e modelos que promovam uma economia colaborativa. A valorização de experiências significativas acima do consumo material pode redefinir indústrias inteiras, levando ao desenvolvimento de novas estratégias de mercado.
Ainda que o comportamento definitivo da geração beta no mercado de trabalho esteja por vir, as tendências vislumbradas a partir da geração alfa servirão como um precursor valioso. A geração beta pode tanto consolidar essas tendências quanto desenvolver novas, que hoje estão ainda fora de nosso radar.
O Olhar para o futuro
À medida que a sociedade evolui junto dessas mudanças, tanto acadêmicos quanto profissionais da indústria devem se preparar para entender e se adaptar a essa geração em ascensão. Com o advento do século 22 já em seu horizonte, a convivência entre ado e futuro se tornará cada vez mais evidente, destacando a importância de visões progressistas e inovadoras para um mundo em constante transformação.