MÚSICA

Fundação de Educação Artística sedia encontro de corais hoje

Festival Carlos Alberto Pinto Fonseca reúne quatro coros, num total de 180 vozes, neste sábado (7/6), em homenagem ao maestro Carlos Alberto Pinto Fonseca

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A terceira edição do Festival Carlos Alberto Pinto Fonseca, que homenageia uma das maiores referências da música coral brasileira, começa neste sábado (7/6), na Fundação de Educação Artística, data em que o regente completaria 92 anos.


O festival é organizado pelo coro Ars Antiqua, formado em 2019 por ex-integrantes do Ars Nova, o Coral da UFMG, no qual o maestro Carlos Alberto Pinto Fonseca (1933-2006) construiu grande parte de sua trajetória. A proposta do evento é prestar tributo à sua obra e legado, reunindo diferentes gerações de coristas para celebrar a diversidade da música coral.


Os convidados deste ano são o coro infantojuvenil Canarinhos de Itabirito – “É um coro de altíssimo nível, trabalho muito tradicional e muito bem feito ao longo dos anos”, elogia Luiz Greco, presidente do Ars Antiqua –, o tradicional Madrigal Renascentista, tombado em 1997 como Patrimônio Cultural pelo governo municipal de Belo Horizonte, e o Coral Lírico de Minas Gerais, da Fundação Clóvis Salgado.


O formato do festival segue uma estrutura colaborativa. Cada coro realiza uma apresentação de aproximadamente 15 minutos, com ao menos uma peça de composição ou arranjo de Carlos Alberto Pinto Fonseca.


Presente

O Ars Antiqua encerra o programa, com um repertório que inclui sete obras, entre elas dois arranjos do homenageado, “Receita de vatapá”, peça que descreve o preparo da tradicional iguaria baiana, e “Galo garnizé". O grupo também interpretará uma peça de Astor Piazzolla e fará a estreia na América do Sul da obra “Salve Regina”, do compositor sul-africano Franco Prinsloo. A regência do grupo é de Ângela Pinto Coelho, ex-assistente e viúva do maestro Carlos Alberto.


“É o presente que a gente vai dar ao público nesta homenagem ao nosso maestro. Acho que vai ser o ponto alto do nosso repertório”, destaca Greco. Segundo ele, esta será a primeira vez que um coro brasileiro interpreta essa obra. “O Ars Antiqua recebeu a partitura diretamente do compositor. É uma honra para nós estreá-la”, afirma.

A regente Ângela Pinto Coelho, no palco
O Ars Antiqua se apresenta sob a regência de Ângela Pinto Coelho, viúva do maestro Ars Antiqua/ Divulgação

O momento mais simbólico da noite ocorre ao final, quando os quatro coros se reúnem no palco, formando um coral de 180 vozes para interpretar “Dona Nobis Pacem”, trecho da Missa Afro-Brasileira, uma das obras mais importantes de Carlos Alberto Pinto Fonseca.


“É uma das peças mais significativas da música coral que o maestro nos deixou”, afirma Greco. “Desde que fundamos o Ars Antiqua, procuramos preservar esse legado e tudo aquilo que ele representou para uma série de gerações de grandes maestros, compositores e coristas.”


Carlos Alberto Pinto Fonseca foi o primeiro regente do Ars Nova após sua incorporação à UFMG e responsável por levar a música coral brasileira a premiações em diversos concursos internacionais. “Eu tive a felicidade de cantar entre 1985 e 2002 no Ars Nova. Fui testemunha ocular desse trabalho magnífico”, diz Luiz.


Hoje, o Ars Antiqua conta com uma base de cantores que aprenderam e cantaram sob sua regência. “Carlos Alberto é nossa inspiração. Queremos manter vivo o legado dele através do festival. Ele deixou vários ensinamentos sobre a prática coral. Era uma pessoa extremamente inteligente, muito sensível às artes e à cultura”, comenta.

Livro sobre o Ars Nova

A editora Dialética acaba de lançar “Ars Nova - Coral da UFMG: sobre a sua história, suas pessoas e suas histórias (1959-2008)”, que aborda os 50 primeiros anos de existência do grupo e destaca a contribuição do maestro Carlos Alberto Pinto Fonseca para a projeção do coral.

A obra é assinada pelos professores Ana Maria Arruda Lana e Sérgio Dias Cirino, ex-integrantes do coral. Fundado em 1959 por Sérgio Magnani, o Ars Nova tornou-se referência na música coral brasileira, com turnês internacionais e participação em festivais.

Carlos Alberto Pinto Fonseca assumiu a regência do coral em 1963, permanecendo no cargo até 2003. O maestro foi responsável por introduzir peças importantes no repertório do grupo, como a “Missa Afro-Brasileira”, de sua autoria, além de diversos arranjos inspirados na cultura popular brasileira. A publicação também traz uma lista com mais de 400 nomes de cantores que aram pelo Ars Nova.


FESTIVAL CARLOS ALBERTO PINTO FONSECA
Neste sábado (7/6), às 19h, na sala Sergio Magnani da Fundação de Educação Artística (Rua Gonçalves Dias, 320 - Funcionários). Ingressos a R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia), à venda na bilheteria.

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